Aperte o cinto! Sumiu o orçamento federal

"Enquanto o horizonte político, que permanece nebuloso, não se desanuviar, manterei adiados os meus planos de investimento", disse ontem a esta coluna um empresário cearense da indústria de metalúrgica. Mantido na incerteza gerada pela paralisia do Congresso, que segue de costas para o País e de frente para os interesses de suas vaidosas, gananciosas e proeminentes lideranças, esse empresário - que, "para evitar alguma retaliação", pede e obtém o anonimato - explica que é sua intenção modernizar sua planta industrial, mas prefere postergar seus planos para "quando o Parlamento aprovar não só as reformas, mas também o Orçamento Geral da União". Acreditem: o governo entrou no exercício de 2021 sem orçamento, pelo que só pode executar, mensalmente, 1/12 do OGU de 2020, suficiente apenas para sustentar as despesas obrigatórias, entre elas o pagamento da folha do pessoal ativo e aposentado e os pensionistas. Ocupado, única e exclusivamente, com a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o Parlamento ajuda a ampliar a desconfiança de quem produz e de quem trabalha. Os primeiros temem investir agora; os outros, temendo o desemprego, preferem não consumir. E o cofre que liberava o auxílio emergencial, que dava vida aos desassistidos, fechou. Neste janeiro, infelizmente, o que era ruim ficou pior, graças aos atuais dirigentes do Congresso Nacional, que já anteciparam para agora a campanha presidencial de 2022. Infelizmente, este é o quadro visto hoje.

Viva o ceará!

Da cidade do Rio, onde mora e para onde retornou domingo após passar o Natal e o Réveillon numa pousada em Trairi, praticando kite surf, o jornalista e empresário carioca José Antônio do Nascimento Brito, manda dizer à coluna: "Fui ao Ceará, pela primeira vez, em 1986, quando conheci o CIC e me tornei amigo e admirador de Tasso Jereissati, que naquele ano se elegeria governador do Estado com a promessa de mudança. A diferença do Ceará daquele tempo para o de hoje é inacreditável, e tudo começou com Jereissati, eleito e duas vezes reeleito, cuja gestão serve até hoje de bússola aos seus sucessores". Ele conclui: "O Ceará é um modelo". José Antonio prometeu voltar aqui na Semana Santa.

Promete Lúcio Gomes, secretário de Infraestrutura do Governo do Ceará: o novo VLT de Fortaleza terá a última tecnologia, inclusive a que transforma sua frenagem em energia que recarrega suas baterias. Ele será operado pelo Metrofor, cujos trens não rodam nos domingos e feriados, dias de grande movimentação de turistas.

Disparou o preço da soja, do milho e do trigo no mercado nacional. Mas essa alta registra-se em todas as bolsas de mercadorias do mundo. Segue a inflação dos alimentos. Países produtores de arroz já o importam da Índia. A Argentina reduziu a exportação de grãos para que os preços não subam; o Brasil terá menos soja neste 2021.



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