Duas gigantes do comércio eletrônico - que o marketing da era digital batizou com o nome mundial de e-commerce - já disputam o mercado de 8,8 milhões de consumidores do Ceará. A rede Magazine Luiza, que no e-commerce atende pelo apelido de Magalu, 100% brasileira, já construiu e opera seu Centro de Distribuição (CD) na geografia da capital cearense. Sua concorrente - a multinacional norte-americana Amazon, potência mundial que vende de tudo pela internet - instalará o seu CD cearense na vizinha Itaitinga, bem no limite municipal com Fortaleza. Ele terá 40 mil metros quadrados de área coberta, encravados em um terreno de 120 mil metros quadrados, comprado por R$ 24 milhões pela LOG Logística, do grupo MRV, que o locou à Amazon. Resenhando: quando 2021 chegar, trará com ele o novo normal do varejo, que em Fortaleza já colhe excelentes resultados nesta fase de adaptação proporcionada pelo isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus. Os supermercados cearenses já aderiram à novidade da compra via aplicativos e da entrega em domicílio. Neste caso específico, houve o bom casamento da fome do consumidor com a vontade do varejo de vender alimentos pela internet.
Incentivo
Atenção! A Amazon e o Governo do Ceará deverão celebrar nos próximos dias contrato por meio do qual a multinacional norte-americana será beneficiada com redução do imposto incidente sobre a distribuição de mercadorias. O mesmo incentivo é dado pelo Governo de Pernambuco, onde a Amazon constrói também um Centro de Distribuição. Lá, como aqui, o desconto tributário é de 25%.
Insegurança jurídica
Do advogado Cândido Albuquerque, reitor da UFC, sobre o medo que mais assusta o empresário cearense - a insegurança jurídica - exposto aqui ontem: "Além da falta de vontade política do Executivo para cumprir as ações processórias (a força policial é controlada pelo Executivo), a facilidade com que a Justiça brasileira anula cláusulas ou contratos inteiros é um problema, e também gera insegurança jurídica. Com o argumento de que é preciso proteger a parte mais fraca, não raro contratos ou cláusulas são anuladas ou reinterpretadas. Salvo exceções, o contrato, que representa a vontade das partes, não deve ser alterado. O contrato, livremente assinado, é a principal garantia para as partes contratantes".
Nos últimos 40 anos, a área plantada da agricultura brasileira cresceu 32%, mas sua produtividade aumentou 385%. Como foi possível? "Pelo uso da tecnologia", diz a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Ela confirma informação já divulgada por esta coluna: será o Nordeste a próxima fronteira agrícola do Brasil com fruta e algodão.
Completamente fora de hora, a chuva de ontem causou prejuízos à execução das obras de readequação da Avenida Desembargador Moreira, executadas pela Prefeitura de Fortaleza. E ainda retardou a construção do viaduto do Makro, sobre a BR-116. Chuva é bem-vinda em qualquer tempo, mas a de ontem irritou as autoridades.