Água do S. Francisco: todos a caminho do entendimento

Líderes empresariais e o governo do Ceará esperam que, no dia 1º de fevereiro, o MDR autorize a retomada do bombeamento para o Ceará. E mais: 1) Brasileiro deixa de usar cheque; 2) Faltam remédios nas farmácias

Legenda: Estação de Bombeamento do Projeto S. Francisco em Salgueiro (PE)
Foto: MDR/Divulgação

Ao abrir espaço para a contestação de um grande empresário cearense da agropecuária, que fez ontem restrições ao bombeamento das água do São Francisco, alegando que isso custa muito dinheiro público e que o ideal, para recarregar o Castanhão, é utilizar água da chuva que está caindo, esta coluna colaborou para que os líderes do agronegócio logo se mobilizassem no sentido de acelerar providências junto ao governo do Estado e ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para garantir que o Ceará receba, em fevereiro, março e abril 100 milhões de m³ de água, algo como 30 milhões de m³ por mês.

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A ideia desses líderes, aos quais se juntou o presidente da Federação da Agricultura (Faec), Amílcar Silveira, é garantir o que eles chamam de “janela”, que é o período de chuvas, que no Ceará se estende de janeiro até o fim de abril.
 
Como está suspenso desde setembro passado o bombeamento das águas do São Francisco para o açude Castanhão, o Ceará está “perdendo” 1 milhão de m³ por dia, que é o volume que deixa de ser transferido pelo MDR. Hoje, 20 m³/s estão sendo enviados para a Paraíba, de onde seguirão para o Rio Grande do Norte tão logo estejam cheias todas as barragens que integram o ramal que beneficia esses dois estados vizinhos.
 
Os empresários e o governo do Ceará esperam que no dia 1º de fevereiro seja retomado o bombeamento para o Ceará. Se isto não acontecer, haverá um problema político, pois o Ministério do Desenvolvimento Regional deixará de cumprir sua parte em um acordo celebrado com os governadores dos estados beneficiados pelo Projeto São Francisco – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Mas essa hipótese é pouco provável. Políticos e empresários com estreita ligação com o ministro Marinho revelam que ele deverá autorizar o reinício do bombeamento das águas para o Ceará a partir do próximo dia 1º de fevereiro. 

Eles ainda admitem que o volume de água, que, em fevereiro será de 10 m³/s, poderá, em março e abril, ser elevado para 15 m³/s para atender às necessidades cearenses.

Observa-se junto às diversas fontes que acompanham o assunto que “as coisas caminham para um entendimento”. 

Na busca de um final feliz estão envolvidos, pessoalmente, dois amigos do ministro Rogério Marinho: o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, e o empresário Luiz Roberto Barcelos, sócio e diretor da Agrícola Famosa e coordenador da Câmara da Fruticultura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

FALTAM REMÉDIOS NAS FARMÁCIAS

Este colunista percorreu, na manhã de ontem, quatro lojas das três grandes redes de farmácias de Fortaleza em busca de Percof (xarope), Alegra D (antialérgico) e Predisin 40 miligramas (corticóide). 

Encontrou apenas o Predisin, mas de 20 miligramas.
 
Constatou, também, que não havia testes para Covid nem para Influenza. 

Está feia a coisa, se vista por um lado. Visto por outro lado, há boa notícia: a ômicron já está sendo tratada de forma endêmica em alguns países. Ou seja, é mais um tipo de gripe que chegou.

AD2M RETOMA COMUNICAÇÃO DO PINHEIRO 

Novidade na área da comunicação empresarial: a rede Supermercado Pinheiro voltou à carteira de clientes da AD2M, uma das grandes empresas do setor no Ceará.
 
A agência, dirigida por Mauro Costa, já havia atendido à rede cearense de supermercados durante cinco anos e retoma, agora, a prestação dos serviços de assessoria de imprensa e de consultoria em comunicação empresarial. 

Com mais de 30 anos de atividades, o Supermercado Pinheiro é uma das maiores redes varejistas do Ceará.

Suas 16 lojas – que têm13 salas de cinema, cinco parques infantis, choperia e um shopping center – dão emprego direto a mais de dois mil colaboradores. 

O Supermercado Pinheiro tem lojas nas cidades de Fortaleza, Acaraú, Aquiraz, Aracati, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Sobral e Quixadá.

BRASILEIROS DEIXAM DE USAR CHEQUES

Reparem: o avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020 fez com que o uso do cheque no país mantivesse a queda verificada nos últimos anos. 

Em 2021, o número de cheques compensados no Brasil caiu para 218,9 milhões, uma redução de 93,4% em relação ao ano de 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. 

Na comparação com 2020, a queda foi de 23,7% - naquele ano, foram compensados 287,1 milhões de documentos em todo o país. As estatísticas têm como base a Compe - Serviço de Compensação de Cheques.