Essa da foto acima é a Havylla, mora em Itaitinga (CE), telespectadora assídua do nosso Jogada 1º Tempo, da TV Diário. O pai Antônio Elenilson, faz questão de vestir a filha com a camisa do time que ele aprendeu amar. E é esse amor que ele ensina a filha, Havylla vai crescer com essa referência e quem sabe gostar de futebol a tal ponto de estar em campo, se for vestindo a camisa do Ceará, orgulho para o pai, já que foi ele o responsável por construir esse amor na filha.
Outras “Havyllas” estão tendo a oportunidade de vestir a camisa do clube que aprendeu amar. Algumas jovens, meninas, em busca de um sonho, na corrida para construir um futuro melhor para à família, e através do futebol elas viram a oportunidade. Mesmo com dificuldade, preconceito, elas estão lá, honrando o amor que em algumas vezes veio do pai.
E com todas as adversidades é possível chegar ao topo, uma seleção, jogar fora do país, mas para que isso aconteça é preciso de apoio, planejamento e seriedade, muita seriedade, aliás acredito que esse seja a questão principal: levar a sério um futuro.
Momento difícil do Ceará no feminino
Sempre reforcei que as meninas do Vozão conquistaram o maior título da história do clube no ano passado, o Brasileirão da Série A 2, com isso o direito de disputar a elite do futebol feminino, algo inédito no futebol cearense, na categoria.
Uma prévia do que elas teriam pela frente foi a Supercopa contra o Flamengo, uma goleada que refletiu em um total desinteresse no futebol feminino que é tão importante para um clube de grande porte. Temos por exemplo o investimento que é feito no Corinthians, Flamengo, Palmeiras… meninas que conquistaram o espaço, através do apoio, e mostram em campo a força, qualidade e o principal: o resultado de um planejamento.
Hoje as meninas do Vozão foram mais uma vez massacradas em campo, atletas que não merecem nenhum tipo de crítica, na verdade elas “gritam por socorro”.
O Ceará é uma grande instituição do futebol nordestino, não pode de forma alguma deixar que o sonho dessas meninas seja frustado por algo que elas não têm culpa.