'306, não. Muitas empresas disseram não, não, não'

Confira a coluna desta sexta-feira (8)

Legenda: Maria Júlia e Luana Silva falam sobre rotina no projeto Menina Olímpica
Foto: Denise Santiago / SVM

Declaração que chama atenção, mas um relato da realidade do futebol feminino cearense. Os "306, não" dito pela professora do Menina Olímpica, é a quantidade de empresas que negaram apoio ao projeto, segundo Luana, eles bateram na porta de 306 empresas e elas negaram apoio ao futebol feminino.

"A gente mostra o plano, a ideia da formação dos nossos núcleos, mas essas empresas que a gente visitou, não demonstraram interesse, com isso prejudica o futebol profissional", ressalta Luana. 

Veja declaração no podcast

 

Para quem não conhece, o Menina Olímpica começou com um projeto voltado para meninas que queriam ter espaço no futebol. Esse trabalho já tem 17 anos e sempre com esse intuito "acolher" mulheres e meninas. Já passaram pelo projeto mais de 1.555 atletas, uma delas foi Katrine Costa, cearense que começou os primeiros passos num campinho de terra e se estendeu para Corinthians Paulista , Grêmio Osasco Audax EC , SC Internacional , Grêmio FBPA e o auge de qualquer atleta: a Seleção Brasileira, categoria sub-20. Hoje Katrine é meio-campista do Palmeiras. 

Muitas "Katrines" ainda podem sair desse projeto, para isso é preciso apoio e preciso acreditar no futebol feminino.

Formação de atletas

A lei de incentivo ao esporte contribui muito para a formação dessas atletas nas escolinhas, toda verba é destinada para a compra de material, alimentação, o básico para atender centenas de atletas. 

" A  Escolinha em Maracanaú conta com 72 meninas de 05 a 17 anos, a escolinha em Caucaia com 72 meninas de  5 a 17 anos. E a ideia é que a  partir de março estaremos abrindo mais dois núcleos em Itaitinga e Pacajus cada um 72 meninas de 5 a 17 anos", conclui Luana.

Legenda: Luana Silva no Projeto Menina Olímpica com as jogadoras
Foto: Divulgação / Projeto Menina Olímpica

Dessas escolinhas são formados os times, a situação começa a ser mais desafiadora, pois o apoio do Governo Federal não se estende para a formação das equipes, dessa forma que os responsáveis do projeto aguardam o apoio de empresas, que não vem.

 "O que o futebol feminino vem mostrando, estamos no campeonato estadual, revelamos atletas e as empresas parecem que não acreditam", finalizou Luana.

O conteúdo completo você acompanha no episódio #15 Elas no Esporte.



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