A campanha eleitoral para presidência da França começou nesta segunda-feira (28). O atual presidente, Emmanuel Macron, quer manter o cargo disputado por outros 11 candidatos. No mesmo dia em que foi dada a largada oficial na corrida por uma das posições mais relevantes do momento, o Brasil abriu agenda em Paris para reforçar o compromisso com a entrada na OCDE.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu com o secretário-geral da entidade, Mathias Cormann, e ressaltou o “compromisso do Brasil com os valores da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico”, disse o ministério em nota.
Em janeiro deste ano, o conselho da OCDE fez o convite formal para que o Brasil faça parte do grupo, que reúne os países mais industrializados do mundo. Segundo o ministério da Economia, já foram regularizados 104 dos 251 instrumentos normativos exigidos no processo de adesão.
Paulo Guedes “destacou o trabalho realizado pelo Ministério da Economia nas áreas tributária, financeira e de investimentos” e disse que o Brasil “terá papel decisivo” na agenda da OCDE no combate às alterações climáticas, informou a pasta.
A política ambiental do governo brasileiro é um ponto de fragilidade no cenário internacional e pode travar as ambições do governo de Bolsonaro. A entrada de um novo membro na OCDE precisa ser aprovada pelos 38 países que formam o grupo, entre eles a França.
Emmanuel Macron é um forte crítico das ações do Brasil no combate às alterações climáticas e exige que o país reduza os índices de desmatamento como uma das condições para o sinal verde na OCDE.
O primeiro turno das eleições presidenciais na França ocorre no próximo dia 10 de abril. As pesquisas apontam que Macron deverá ser reeleito.
O processo de adesão do Brasil na OCDE deve levar dois anos para ser concluído.
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.