Por incrível que pareça, o que o Ceará teve de mais positivo na vitória por 4 a 1 sobre o Botafogo-SP, nesta quinta-feira (26), nem foi o placar. O resultado elástico é ótimo, claro, e serve como injeção de confiança. Mas o que mais animou o torcedor alvinegro foi a atuação. O desempenho.
Principalmente por comportamento, postura e organização. O time jogou bem!
O Ceará fez o que deveria fazer contra um adversário inferior tecnicamente. Se impôs e não deixou o oponente se criar. Era o óbvio? Ok. A questão é que essa não foi a tônica nesta Série B. Pelo contrário. O Alvinegro acumulou tropeços contra adversários limitados.
Independente da fragilidade do outro lado, na melhor atuação que fez nesta Série B, o Vovô claramente apresentou um jogo coletivo mais organizado. Mostrou padrões de comportamentos. Compactação, setores mais próximos, passes rápidos, dinâmica de 3º homem, triangulação, infiltração, jogada de ultrapassagem, movimentos coordenados...coisas que antes não eram vistas.
Não foi "bola no Pulga pra ver o que ele faz".
E a organização coletiva potencializou individualidades. Gols de Saulo, Aylon e Lourenço foram bem construídos - todos jogaram bem. No de Pulga, bom aproveitamento da bola parada. Lucas Mugni distribuiu assistências, fez seu melhor jogo com a camisa alvinegra e foi outro destaque.
Agora, são duas vitórias seguidas. O G-4 ficou mais perto (2 pontos), a confiança foi elevada e o torcedor vê um caminho para o que, durante algumas rodadas, pareceu perdido. Léo Condé tem muitos méritos nisso.
Não quer dizer que está tudo perfeito. O trabalho é embrionário, mas deu pra ver que há perspectiva para evolução.
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