Não é de hoje que a principal queixa dos treinadores no futebol brasileiro é a falta de tempo para desenvolver um trabalho e continuidade nas equipes. É fato que a dança das cadeiras é exagerada e falta critério a muitos dirigentes. Porém, os próprios treinadores colaboram para que o cenário seja assim. E Lisca é um exemplo perfeito disso.
Lisca chegou ao Sport fazendo juras de amor ao clube. Na prática, comandou a equipe em apenas quatro jogos e foi à beira do campo já estando acertado com o Santos. Foi xingado, pediu para sair e assumiu o Peixe.
Porém, comandou o Santos por apenas oito jogos e pediu para sair novamente.
Menos de 24 horas depois, foi anunciado pelo Avaí. Provavelmente já havia sido contactado e, como a situação no Alvinegro Praiano não era das melhores, pediu para sair.
Nos últimos três clubes que comandou, não passou de 15 jogos (antes de Santos e Sport, comandou o Vasco em 2021 por apenas 12 partidas).
A interrupção acontece, também, porque Lisca é o típico treinador que usa a justificativa de "falta de tempo" como muleta para trabalhos ruins.
Por trás do personagem caricato, Lisca é um técnico que entende de futebol. Mas sem a menor coerência entre discurso e prática, com clara dificuldade para gestão de elenco. Entre outros problemas...
Tem o prazo de validade curto aonde for.
Na carreira, o folclórico treinador apenas apresentou bons trabalhos em alto nível em América-MG (em 2020) e Ceará (quando escapou do rebaixamento em 2015 e 2018). Mas mesmo assim, quando precisou mostrar algo a mais e iniciar um planejamento na temporada seguinte, fracassou.
Depois não tem como reclamar, né?
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