Clássico-Rei pode marcar 'recomeço' de quem precisava mostrar mais

Imanol Machuca e Saulo Mineiro marcaram gols importantes para suas equipes e, principalmente, para eles próprios

Legenda: Machuca e Saulo Mineiro marcaram os últimos gols do Clássico-Rei
Foto: Ismael Soares/SVM e Felipe Santos/CearaSC

O Clássico-Rei do último sábado (17) teve muitos elementos e personagens marcantes. Dois dos jogadores que ajudaram a escrever o belíssimo roteiro no empate em 3 a 3 entre Fortaleza e Ceará saíram do banco de reservas. E ambos saem da partida com a expectativa de que este seja um 'recomeço'.

Me refiro aqui a Imanol Machuca e Saulo Mineiro, autores dos últimos gols do jogo. O argentino fez o gol que virou o jogo para o Tricolor e que sacramentaria uma virada épica. Já o mineiro foi o responsável por deixar tudo igual no último lance da partida.

Em comum, os dois vinham desempenhando abaixo do que podem render e precisavam DEMAIS desses gols.

Começando por Machuca, que chegou ainda em 2023 como a contratação mais cara da história do clube e altíssima expectativa para ser o substituto de Moisés. No ano passado, apenas 2 gols marcados em 22 jogos e uma passagem discretíssima. Começou 2024 sob desconfiança e precisava demais dar uma resposta ao torcedor leonino.

Fez o gol no empate em 1 a 1 no Clássico das Cores, na reta final, e agora no Clássico-Rei. São duas bolas nas redes em 6 partidas desta temporada, totalizando 4 gols em 28 jogos. Ainda pode mostrar mais, mas o desempenho apresentado contra o Ceará foi animador, pela movimentação, liberdade, criatividade e dinâmica que ele apresentou para mudar o cenário da partida.

Saulo Mineiro

Guardadas as devidas proporções, Saulo tem trajetória parecida no Alvinegro. Chegou no ano passado como investimento que poderia fazer a diferença na disputa da 2ª metade da Série B, mas em 14 partidas, marcou um único gol - justamente na estreia.

Desde então, eram 18 jogos entrando em campo sem balançar as redes. Um desempenho abaixo do esperado, que talvez fosse ainda amenizado pela imagem positiva que ele deixou na primeira passagem pelo clube, em 2020, quando de fato foi muito bem.

Confiança

Fazer gol em Clássico-Rei já renova a confiança. Sendo gol decisivo, aumenta a motivação ainda mais. O jogo terminou empatado, mas Machuca e Saulo saem do clássico com a moral em alta e a perspectiva de que este seja o início de um novo ciclo em seus respectivos clubes.