Qual dívida devo pagar primeiro? Veja dicas

Legenda: Brasil tem mais de 80 milhões de endividados
Foto: Shutterstock

Certo, Ana. Já sei que no Brasil são mais de 80 milhões de endividados, já sei que o cartão de crédito pode ser o grande vilão da história. 

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E neste contexto do cartão de crédito digo que “pode ser” porque, lembre-se que sempre vai depender de como você utiliza o cartão de crédito: se faz suas compras e SEMPRE paga o valor total da fatura mensal, parabéns; mas se você é daqueles que compram olhando apenas a parcela que ficará por mês, compram e compram e compram e, quando chega a fatura quase infartam e pagam apenas o mínimo ou nem pagam, você está na estatística dos endividados.

Mas, neste cenário, surge sempre uma dúvida: Qual dívida devo pagar primeiro? Já que são inúmeras e, muitas vezes, não consigo resolver minha vida financeira de uma vez só. Será que devo pagar a dívida de maior valor? Nem sempre. Preste atenção nas regras.

  1. Bem, o primeiro aspecto a ser considerado é a dívida que possui os MAIORES juros. Normalmente, o próprio cartão de crédito que, ainda, possuem juros recordes no Brasil, podendo chegar a 437% ao ano. Então este deve ser o primeiro a ser atacado. Portanto, quebre seu cartão e renegocie a dívida, sempre lembrando que a base da sua negociação deve ser o valor original da dívida e não ela com juros e juros. Sempre pensando na forma que você consegue pagar.
  2. Se você usa o Cheque especial como se o dinheiro fosse seu, ou seja, vive no negativo, este deve ser o segundo ponto a resolver. O Cheque especial responde pelo 2º lugar no ranking dos créditos com maiores juros. Isso mesmo. Não se engane. Aquele dinheiro disponível e que você começa a usar a não consegue mais pagar custa muito caro, podendo chegar a 167% ao ano. Portanto, ligue agora para seu gerente e negocie, sempre prestando atenção nos juros a serem cobrados.
  3. Liste todas as demais dívidas colocando seu valor original e como está a situação atual. Se for com lojistas ou concessionárias como energia, etc, busque sempre parcelar as contas em atraso, isso ajudará a você ganhar tempo para ter mais renda mensal e quitar suas dívidas. Acredite.
  4. Pense na possibilidade de conseguir um empréstimo mais barato para quitar suas dívidas mais caras. Isso mesmo. Esta é uma prática utilizada até mesmo por grandes empresas. É uma forma de renegociação consciente. Mas, para isso, a parcela do novo empréstimo deve caber no seu bolso e os juros devem ser verificados e calculados. Empréstimos consignados são o melhor perfil para este ajuste de contas.
  5. Tenha um plano a médio prazo para te tirar deste sufoco, aproveitar as oportunidades de renegociação do Governo, por exemplo, e conseguir alguma renda extra futura para você se reestabelecer financeiramente.

Sei que não é fácil, mas é POSSÍVEL. Acredite. Caso queira ajuda, me mande um e-mail que posso te dar algumas dicas. 

Pensem nisso! Até a próxima.

@anima.consult
Economista, Consultora, Professora e Palestrante

*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.

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