Sabemos que estudar a Economia de um país é uma tarefa árdua e complexa. Entender um pouco sobre termos utilizados na Economia e os que são ditos pelos noticiários diariamente pode ser bastante desafiador para muitos brasileiros.
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Nossa missão, nesta coluna, portanto, é desmistificar e trazer a relação de informações, que parecem distantes da nossa vida, para dentro da nossa realidade, considerando significados e influências nas finanças e qualidade de vida de cada um de nós.
Então, vivemos escutando que a inflação, por exemplo, é medida pelos chamados “indicadores econômicos” que nada mais são do que medidas, índices que são coletados periodicamente e que, de acordo com sua variação, podem medir a situação e oscilação da Economia de um país.
Assim, utilizamos indicadores como o PIB (Produto Interno Bruto) que mede a produção econômica do país, por exemplo, e que seu crescimento anual significa real crescimento da Economia e prováveis melhorias em geral. Outros indicadores usados são: índice de inflação, taxa de câmbio, valor de cesta básica, etc.
Mas o que o Big Mac tem a ver com tudo isso? É também um indicador econômico? E, pasmem, a resposta é sim. Existem, na verdade, muitos indicadores que acharíamos inusitados, mas foram criados para que nós, economistas, pudéssemos perceber a movimentação da Economia com outros olhos.
Trouxemos, aqui, alguns indicadores inusitados, mas que realmente existem e são muito utilizados.
Se, por exemplo, hoje compro um Big Mac em Fortaleza, por R$ 20,00, transformo esse valor em dólar e, ainda consigo comprar um Big Mac nos EUA, isso significa que as moedas estão em paridade, ou seja, possuem mesmo valor. Caso isso não ocorra que com R$ 20,00, transformado em dólar, não consiga comprar um Big Mac nos EUA, o real está desvalorizado frente ao dólar.
Isso mesmo. O Big Mac se tornou, desde 1986, criado pela revista britânica The Economist, o índice que mede a variação de moedas e economias no mundo.
O índice de vendas de papelão ondulado é divulgado pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) e sinaliza não apenas o desempenho desse mercado, mas também o ritmo da atividade econômica em diversos outros segmentos, já que o papelão é utilizado como embalagem em diversas indústrias. Ou seja, se a Economia se aquece, aumenta o consumo de produtos, e, provavelmente, o consumo de embalagens de papelão.
O termo "Efeito Batom", também conhecido como "Lipstick Index", foi criado em 2001 por Leonard Lauder, executivo da empresa de cosméticos Estée Lauder. De acordo com esta teoria, as vendas de batom aumentam mais do que as vendas de outros itens durante períodos de crise. Isso acontece porque o batom é um dos produtos de maquiagem mais baratos e permanece acessível, mesmo quando é necessário economizar.
Foi provado, em pesquisas, que nós buscamos estar mais arrumados para nos sentirmos mais felizes e isso explica o efeito batom nos momentos de crise, por exemplo.
Existem outros muito curiosos, como índice do medo, índice dos hotéis, índice da cerveja e muitos outros. Isso reflete a busca de dados mais sensíveis à variação da Economia e seus investimentos. Importante, apenas, atentar para quais de fato fazem diferença nesta análise.
Enfim, tudo isso é uma prova de que qualquer passo de nós, consumidores, está sendo visto, estudado e influência diretamente nossas vidas financeiras.
Cuidem-se! Até a próxima.
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*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião da autora.