Pagamentos com cartão: 52 mil operações por minuto e uso por aproximação cresce 540%

Legenda: Na hora de fazer as compras, uma novidade tecnológica, o pagamento por aproximação (contactless), viabilizada pela tecnologia NFC (Near Field Communication), também possibilitou um maior cuidado com a Covid-19
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O avanço da tecnologia e o hábito crescente no uso do cartão refletem na movimentação financeira crescente sem o dinheiro físico. Apesar da implementação do PIX, que revolucionou o sistema financeiro brasileiro, os cartões de crédito, débito e pré-pago, continuam em expansão e contribuem para o uso cada vez menor das cédulas e moedas.

Conforme aponta levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o uso dos cartões continua em aceleração, com cifras impressionantes e volumes de transações em trajetória ascendente.

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Uso dos cartões de crédito, débito e pré-pago

No primeiro semestre de 2021, os cartões movimentaram R$ 1,2 trilhão em pagamentos, crescimento de 33,2% em relação ao mesmo semestre do ano anterior, segundo a Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.

Por tipo de cartão, o cartão de crédito foi responsável por R$ 707,2 bilhões, crescimento de 30,8%, enquanto o cartão de débito somou R$ 418,4 bilhões, também com alta de 30,3%. O cartão pré-pago, de menor volume financeiro, R$ 41,8 bilhões, apresentou expressiva alta de 183,2% no montante financeiro.

Em quantidade de operações, o crescimento é de 30,5% e foram ao todo 13,6 bilhões de pagamentos com cartões no primeiro semestre de 2021. Para se ter uma ideia do volume de transações, é como se fossem realizadas 52 mil operações por minuto. Caro leitor, enquanto você lê este texto, mais de 200 mil transações de cartões foram realizadas no Brasil (*).

Na ótica regional, o Nordeste registrou valor transacionado por cartões de R$ 141,7 bilhões, no primeiro semestre de 2021, crescimento de 35,8% em relação ao mesmo período de 2020.

Aqui, no Ceará, os pagamentos por cartões superaram a marca de R$ 20 bilhões nos primeiros seis meses do ano, representando crescimento de 31,7% na mesma base de comparação do Nordeste.

Pagamento por aproximação em crescimento

A pandemia de Covid-19 nos trouxe uma série de cuidados, como lavar mais as mãos e uso maior de álcool em gel. Na hora de fazer as compras, uma novidade tecnológica, o pagamento por aproximação (contactless), viabilizada pela tecnologia NFC (Near Field Communication), também possibilitou um maior cuidado com a Covid-19, na medida em que dispensa inserir o cartão na maquininha de pagamento e, dependendo do valor, até a senha não é mais necessária.

Sem dúvida, o pagamento por aproximação trouxe comodidade e segurança para a nossa saúde.

Nos primeiros seis meses de 2021, segundo a Abecs, foram R$ 53 bilhões por meio do pagamento por aproximação, o que representa crescimento de 540,7%. Por modalidade, o cartão de crédito registrou R$ 30,1 bilhões, o cartão de débito, R$ 15,7 bilhões, e o cartão pré-pago, R$ 7,1 bilhões.

Para se ter uma ideia da forte tendência de uso desta forma de pagamento sem contato (contactless), somente no último mês de junho, foram 112 milhões de transações, número cerca de sete vezes maior do que os 16 milhões em junho de 2020. Ou seja, mais 155 mil pagamentos por hora na modalidade por aproximação.

O cenário futuro é bastante promissor para o pagamento por aproximação. A expansão do uso dos cartões de crédito através dos smartphones, além dos relógios inteligentes, em que os preços estão ficando mais acessíveis, devem potencializar este processo de crescimento dos pagamentos por aproximação.

(*)Você deve precisar de 4 minutos, em média, para ler este texto.

Grande abraço e até a próxima semana!

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.