O último abraço da Argentina em Lionel Messi
O camisa 10 se despediu de jogos oficiais no país em noite eterna
A Argentina viveu a despedida de um celestial. Um país inteiro chorou, mas de alegria. O último abraço em Lionel Messi, enfim, aconteceu. E no melhor estilo do camisa 10: com vitória por 3 a 0 contra a Venezuela, com golaço, com genialidade, com recorde e com artilharia. Assim, uma nação transformou a noite desta quinta-feira (4), no estádio Monumental de Núñez, em eterna.
Tudo por conta de um aviso. Três semanas atrás, Messi informou que seria o último jogo dele pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, consequentemente, o último oficial pelos campos do país. Aos 38 anos, se permitiu ser parado, mas pelo tempo.
A partir de então, tudo foi lágrimas. Lionel viu a certeza da idolatria, da reverência e da paixão. De todos os cantos do país, os argentinos ocuparam os mais de 80 mil lugares da arquibancada para um adeus, acompanhados também de toda a família do astro. E o celebraram a cada toque, cada pique ou aceno como quem desfrutava do verdadeiro sonho, um delírio coletivo irreal que era se acostumar com a ideia de um vazio.
Afinal de contas, uma das sensações mais difíceis do mundo é abrir mão do amor, amando. Para muitos, é sobre saber deixar partir. Para outros, é sobre jamais esquecer. No fim, tudo é o legado.
Um dos maiores de todos os tempos recebeu a devoção que merecia. Capitão, ídolo global, herói da Copa do Mundo, de duas Copas Américas, maior goleador do país e agora recordista em jogos pelas Eliminatórias. O currículo é extenso e não para de crescer em um apogeu que o coloca em uma trindade santa futebolística ao lado da seleção e de Diego Armando Maradona.
Enfim, os capítulos estão no fim e ainda não me acostumei. O privilégio está próximo de acabar. Até 2026, amistosos e o Mundial nos EUA encerrarão uma história de amor.