Falhas bizarras da defesa explicam a derrota do Fortaleza na Série A

O Leão perdeu para o Grêmio e seguiu na zona de rebaixamento

Escrito por
Alexandre Mota alexandre.mota@svm.com.br
(Atualizado às 23:36)
Legenda: O Fortaleza cometeu dois pênaltis no início do jogo na derrota contra o Grêmio
Foto: Matheus Amorim / Fortaleza

O Fortaleza sofreu uma derrota difícil de aceitar. Contra um adversário visivelmente frágil, com muitos problemas, o time cearense desperdiçou a chance de sair da zona de rebaixamento ao entregar dois pênaltis logo no início. As falhas bizarras da defesa explicam a derrota para o Grêmio por 2 a 1, nesta terça-feira (29), em Porto Alegre/RS.

O problema é coletivo, mas termina personificado em Magrão. O 3º goleiro do clube, que assumiu a vaga com as lesões de João Ricardo e Brenno, cometeu duas penalidades ao derrubar dois atacantes diferentes dentro da área. Tudo com somente 15 minutos de jogo: Braithwaite converteu as duas.

O dano foi imenso, tanto que não foi revertido. E poderia ser maior se a arbitragem tivesse decidido expulsá-lo. De fato, o juiz Alex Gomes Stefano (RJ) teve piedade e concedeu um amarelo na primeira infração.

Assim, qualquer plano de jogo desmorona. E essa é a questão: pelo que foi o jogo, o Grêmio não produziu absolutamente nada que fosse suficiente para vencer. No geral, o Fortaleza foi melhor.

A redução do placar com cabeceio de Deyverson no fim do 1º tempo é justa. Na volta do intervalo, o goleiro Volpi fez duas intervenções preciosas e impediu o empate: nova cabeça e a cobrança de falta de Ávila. É injusto afirmar que o time não tentou, mas os golpes foram fatais.

No fim, a “virada de chave” não aconteceu. As circunstâncias falaram alto, com a oportunidade de sair do Z-4 se transferindo para domingo (3), contra o Corinthians, às 16h, em Itaquera.

Mudanças na escalação

O técnico português Renato Paiva fez quatro mudanças na escalação que venceu o Bragantino: Mancuso, José Herrera, Lucca Prior e Bruno Pacheco ganharam oportunidade de titulares. O sistema foi o mesmo (4-3-3), com o desgaste físico justificando essas substituições.

Em campo, Matheus Pereira e Sasha tiveram grande exibição, assim como Prior, mais uma vez, demonstrou personalidade. As laterais e os pontas, no entanto, se comportaram mal na partida.

Como medida desesperada, o Leão mudou para o 4-2-4 e terminou com Lucero, Adam Bareiro, Breno Lopes e Pikachu. O plano enfrentou dificuldades, e a sensação real é de que Paiva ainda precisa conhecer mais do elenco para definir melhor as apostas e quem pode ser mais útil.

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