A Série B do Brasileiro de 2024 corre o risco de ficar sem transmissão, restando pouco tempo para o início da competição. Isso porque a empresa Brax Sports Assents, que comprou os direitos de transmissão da competição em 2023, entrou em divergência com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e as partes ameaçam romper os contratos. A medida teria impacto imediato no planejamento financeiro dos participantes do torneio, como o Ceará.
A informação foi divulgada inicialmente pelo UOL. O Diário do Nordeste apurou que a rescisão contratual ainda não ocorreu pois se faz necessário também a anuência dos times, que estão receosos com a possibilidade de não ter exibição. Vale ressaltar que também é estipulado uma multa rescisória milionária em caso de descumprimento, servindo como uma garantia financeira aos times, no entanto, atrapalharia relações comerciais com patrocinadores.
Logo, se a cisão se confirma, os direitos de transmissão voltam ao mercado. Até 2022, a detentora era a Globo, que não teve a oferta aceita ano passado.
Em 2023, com a transmissão da Brax, que cedeu os jogos para a Band na TV Aberta, o pagamento era de R$ 210 milhões, o que rendeu cerca de R$ 10 milhões para cada um 20 equipes. Na oferta, a cada ano, o valor iria aumentar: 2024 (R$ 230 milhões), 2025 (R$ 250 milhões) e 2026 (R$ 279 milhões).
Um detalhe: com a nova lei do mandante, também há possibilidade de cada equipe vender os direitos das respectivas partidas para uma emissora. A Rede Globo, por exemplo, já firmou acordo com o Santos e tem negociação com o Sport, ambos da Série B. O contraponto da estratégia é a chance de gerar a desigualdade entre os participantes, o que seria atenuado se o movimento seguisse a negociação em bloco. De todo modo, o Ceará aguarda a resolução.