O Fortaleza acertou o retorno do técnico Marcelo Chamusca para sequência da Série A do Campeonato Brasileiro. A missão era muito difícil para o departamento de futebol: substituir Rogério Ceni com mercado escasso de treinadores e temporada em andamento. É certo: não foi a primeira opção, mas o cenário o torna uma boa alternativa para seguir o projeto.
Antes, o clube consultou Dorival Júnior, Roger Machado e Tiago Nunes. Chamusca não tem a mesma grife dos candidatos, a experiência na 1ª divisão é pequena, só que conhece a realidade do time cearense e tem bons trabalhos no currículo - a atuação no Cuiabá é um exemplo, com 3º posição na Série B e vaga nas quartas da Copa do Brasil.
Motivos para fechar com Marcelo Chamusca
- Manutenção do bom ambiente com os jogadores
- Experiência com seis atletas do elenco (Max Walef, Tinga, Bruno Melo, Felipe, Bergson e Juninho)
- Expectativa de pouca mudança no padrão tático atual
- Perfil jovem (54 anos) e bons trabalhos recentes, como no Cuiabá
- Será a terceira passagem pelo Fortaleza (2014-2015-2020), sendo campeão cearense
É preciso reconhecer também a evolução do treinador. Chamusca não é o mesmo da temporada de 2015, quando trabalhou no Fortaleza pela última vez. No intervalo, teve passagens por Ceará, Vitória-BA, Ponte Preta e Paysandu. Hoje, é melhor que muitos nomes disponíveis na "velha guarda" do futebol brasileiro.
A aprovação de parte do elenco, com peças que atuaram sob comando do treinador, é facilitador. Significa aprovação prévia, mesmo na véspera da oficialização.
A desconfiança deve existir por parte da torcida, faz parte. Rogério Ceni foi campeão de quatro títulos em três anos e tinha um perfil diferente dos demais, ou seja, nenhum substituto livre era unanimidade. Quando chegou, no entanto, também foi questionado e tinha pouca experiência no papel de treinador como um todo.
O desembarque de Chamusca na capital cearense deve nesta quinta (12), no turno da tarde. Expectativa é comandar contra o São Paulo, sábado (14), às 19h, na Arena Castelão, pela Série A.