As últimas temporadas do Fortaleza são um marco no crescimento estrutural tricolor. A pauta se tornou prioritária na atual gestão e cresceu com a chegada de Rogério Ceni: o ex-goleiro teve influência nas melhorias instauradas no Centro de Excelência e no CT Ribamar Bezerra. Assim, o legado do cuidado foi mantido sob comando de Chamusca.
Para além do interesse dos treinadores, a própria diretoria executiva incentiva a participação da comissão técnica. Faz parte da nova metodologia aplicada internamente e envolve desenvolver o espaço de trabalho junto de quem utiliza os equipamentos.
Assim, a primeira reunião de Chamusca com o diretor de patrimônio, Rodrigo Monteiro, ocorreu na terça-feira (1º). O momento foi de apresentação dos equipamentos em diagnóstico do profissional recém-chegado - avaliar e esboçar mudanças. E o saldo preliminar é positivo para o treinador.
“As duas estruturas são diferentes, não tive oportunidade de trabalhar no CT, no período que trabalhei aqui era exclusivo para base, mas a base morava no Pici. Eu cheguei no olho do furacão, depois teve tour no Rio e voltei. Fiz minha primeira visita, (clube) está muito bom, estruturado, campo de treinamento, boa academia, fisioterapia e refeitório”, explicou em entrevista ao Debate Jogada.
O relato é de relação de confiança. Como teve passagem entre 2014-2015 no Fortaleza, o treinador identificou melhorias e conhece as condições financeiras, ou seja, respeita os limites de investimento no projeto de infraestrutura.
O intervalo de oito dias até a partida contra o Bragantino, sábado (12), às 19h, na 25ª rodada da Série A, deve acelerar o processo. No Cuiabá, Chamusca também participou do planejamento do CT, em áreas como academia, departamento médico e hotelaria.
“Tento experiência, posso participar ativamente com idéias para melhorar. Como treinador, gostei do que vi, mas estou dando meus pitacos. Temos que pensar no jogo e no futuro. Como houve mudança de mentalidade no clube, temos que ajudar e incentivar. Trabalhei em continentes diferentes, vários clubes do Brasil, vou ajudar o Fortaleza a continuar crescendo”, declarou.
A perspectiva das próximas temporadas passa pela continuidade de Chamusca. Vale ressaltar, o baiana firmou contrato com o clube até o fim de 2021 e mantém boa relação com departamento de futebol. Apesar da rotação do cargo, apostas são de manutenção na elite nacional e do profissional.
A diretoria do Fortaleza iniciou a transformação da sede do clube em Centro de Excelência, no Pici, durante 2018. Após cerca de uma década estagnado no âmbito estrutural, a gestão liderada por Marcelo Paz destinou recursos para deixar um legado fixo para a instituição leonina no futuro.
A obra envolve vários núcleos voltados à profissionalização dos setores, com foco em atletas e comissão técnica. O CT Ribamar Bezerra, também usado pelo profissional, participa das melhorias.
No momento, 70% do planejado foi concluído. Expectativa é concluir reforma nos últimos meses de 2021. A pandemia de Covid-19 desacelerou a estimativa, mas o clube manteve as metas.
Mesmo com déficit, o time: reformou o refeitório e construiu auditório de preleção, sala do CIFEC, laboratório de fisiologia e consultório médico. Das fases de execução, o setor alvo é o de recuperação de atletas, que recebe 60% de finalização. Objetivo é entrega no dia 15 de janeiro. Para primeiros meses, os alvos são reforma no alojamento Ribamar Bezerra, com entrega de 11 suítes.