A beleza das relações humanas entre times adversários

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Estive na cidade de Pato Branco, no Paraná, esta semana, fui para para mais um jogo do NBB. A região tem um centro tecnológico industrial, e a agricultura também movimenta a economia do local.

Durante a minha estada por lá, a diretoria do clube Pato Basquete me convidou para jantar. Conversamos sobre esporte, principalmente sobre o da nossa bola laranja, e sobre nossas vidas e trajetórias.

Nestes tempos bicudos, me senti acolhido naquele jantar. Foi uma confraternização repleta de gentilezas e com excelente hospitalidade. Nesses encontros temos a possibilidade de trocar informações preciosas, sem interesses outros que o de comungar o amor pelo mesmo jogo e falar sobre as necessidades que uma equipe de rendimento têm e as semelhanças entre os projetos do Pato e do Carcará.

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Estendi o convite que tive para o Thalis, presidente do Carcará, e para o Espiga, assistente técnico, que me acompanharam, e lá foi a trinca do Basquete Cearense.

No jantar havia empresários, professores e esportistas, as horas que passamos lá foram muito agradáveis e repletas de troca de conhecimentos. A civilidade nas relações humanas são essenciais na nossa vida.

O menu do jantar sulista teve carnes argentinas, salada com ingredientes fresquinhos e a sobremesa teve um toque francês, petit gateau, um bolinho de chocolate delicioso com calda no meio. Mas o que mais alimentou o meu espírito e mente foram as conversas desprendidas e sem julgamentos, com uma escuta voltada ao entendimento do ponto de vista de cada um.

Foi um encontro de união de dois cantos do Brasilzão tão diverso, o Nordeste e o Sul, com tantas peculiaridades e diferenças que puderam ser compartilhadas com uma mistura de sotaques, temperos, histórias, origens e acima de tudo respeito pelas diversidades.

Foi um grande encontro entre esportistas, de times diferentes, sim. Agregamos conhecimento e fizemos um intercâmbio de experiências no basquete dentro e fora das quadras. O diálogo é o que nos faz caminhar, seguir e convergir para evoluirmos. O esporte não é só feito de disputas, confrontos e de conquistas individuais, ele é feito por muitos e para muitos. O show que o esporte deve mostrar é o fair play e a troca de experiências entre os adversários nas quadras, mas parceiros no desenvolvimento da modalidade, da civilidade, da gentileza e do labor.

*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.