O turismo é um dos setores mais afetados pela crise causada pelo novo coronavírus. Com pontos turísticos fechados e voos cancelados em todo o mundo, as empresas do setor, como companhias aéreas e agências de viagem, tiveram de tomar medidas drásticas, ampliando os prejuízos com a queda da demanda.
As perdas de receitas no turismo atingem inclusive com força maior as empresas menores. São essas que precisam neste momento de mais cuidados e atenção dos governos. Elas são as mais frágeis e as primeiras que caem durante uma crise como a que estamos vivendo.
Elas dependem, principalmente, das vendas de passagens, de pacotes de viagens, de passeios e de hospedagens.
São micro e pequenas empresas que empregam mão de obra local, muitas vezes em cidades turísticas do interior. Esses negócios podem fechar definitivamente, e portanto, são necessárias medidas que assegurem a sobrevivência deles.
Não que as demais empresas, como companhias aéreas, grandes agências de viagens e redes de hotéis, não precisem de socorro neste momento. Todo mundo precisa. Mas diante do cenário que vivemos, os negócios menores que estão sendo fechados podem desencadear uma verdadeira onda de desemprego pelo País.
E por este motivo, as micro e pequenas empresas do turismo demandam mais por políticas públicas consistentes para socorro imediato.
Grandes empresas
A crise que se propaga com grande velocidade e proporções mundiais está debilitando as grandes empresas do turismo. São companhias aéreas com aviões aterrados, agências de viagens com pacotes cancelados e hotéis com quartos vazios. O quadro assombroso foi medido nesta semana. Uma reportagem do jornal Valor Econômico, com dados do Valor Data mostra que a CVC, Gol e Azul já perderam, do dia 25 de fevereiro até o dia 18 de março, 81,7% do valor de mercado.
Isso significa que essas empresas tinham juntas um valor de mercado de R$ 34,9 bilhões. Valor este que foi reduzido para R$ 6,4 bilhões. Com perdas volumosas de receitas e prejuízos crescentes, elas podem demitir milhares de pessoas.