Intensificam-se os contatos entre dirigentes, pré-candidatos e líderes partidários, pressurosos por adesões aos nomes já postos no tablado dos pleiteantes, cada qual conjecturando possibilidades em meio a alianças previsíveis, capazes de favorecer alguns dos que desejam comandar a nossa Nação e as 27 Unidades Federadas.
Em comentário anterior, cheguei a mencionar aspirantes que já se apresentam com tal pretensão, em razão de conversas frutuosas, visando ampliar chances de vitória à sucessão de Jair Bolsonaro – este, dia sim e outro também, empenhado em conquistar partidos e suas cúpulas, mesmo isoladamente, portadores que são de programas factíveis a capitalizar simpatias, numa unificação de entusiastas que possam assegurar vigorosos apoios àqueles que disputa o comando do nosso País.
Se Ciro Gomes conseguiu harmonizar sua bancada em votação complexa na Câmara, é indiscutível que espera consolidar a junção de outros grupos, independentemente de legendas, numa originalidade decorrente da maneira objetiva como planificou as suas diretrizes, com vistas a agregar maior contingente de prováveis votantes.
Bolsonaro acha-se vitalizado pelo apoio popular, que sabe buscar em nossa extensão territorial, através de encontros sucessivos, acrescendo-se a ele os nomes de Lula da Silva, Eduardo Leite, Sérgio Moro e Rodrigo Pacheco – este último espelhando-se nas experiências de Juscelino Kubitscheck e Tancredo Neves, além de João Dória, potencializado por São Paulo, maior reduto eleitoral do Brasil.
Aqueles de melhor performance em comícios e exposições na TV, somarão requisitos fundamentais para a conscientização de um eleitorado de escol, com chefes prestigiosos, que lideram ponderável corrente de opinião no cenário nacional.
Se tais articulações vão ou não prevalecer, é certo, porém, que os candidatos possuem engenho e arte para cooptar aliados e, em seguida, os sufrágios que garantirão a vitória nas urnas. Como num autêntico teatro de exibições, serão muitos os partícipes habilidosos, não se podendo vaticinar qual o vencedor nesta parada hercúlea. A sorte está lançada e nesse jogo de incertezas, a cada lance, despontam mais adesões.
Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor
