Covid-19: Ceará registra aumento de casos em quase todas as Áreas Descentralizadas de Saúde
Apenas a região de Russas não teve aumento de casos de Covid-19 no período analisado pela Secretaria da Saúde
O número de casos de Covid-19 cresceu em 21 das 22 Áreas Descentralizadas de Saúde (ADSs) do Ceará, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) divulgado nesta sexta-feira (29).
A exceção é a ADS Russas, que teve redução de 21,9% de casos confirmados.
De todas as ADSs, a com maior aumento entre a última semana de 2020 e esta semana foi a de Iguatu, com 266,7% de alta. Em seguida, vêm as ADSs de Aracati (200%), Baturité (118%), Acaraú (114,6%), Cascavel (100%), Tauá (85,7%), Itapipoca (75%) e Juazeiro do Norte (66,7%). Foram as maiores altas.
Além dessas, Crateús e Sobral aparecem com 33,3% de alta. As ADSs de Quixadá, Limoeiro do Norte e Brejo Santos mantiveram o número de registros.
Segundo o boletim, nos últimos 15 dias foram registradas mortes por Covid-19 em 69 dos 184 municípios cearenses - uma alta de 60,5% em relação à quantidade de cidades da semana anterior.
Em todo o Ceará, na semana epidemiológica de 17 a 23 de janeiro, foram confirmados 5.126 novos casos e 54 óbitos - o que representa aumento de 11% e 50%, respectivamente, ao registrado na semana anterior.
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Aumento em taxas
A análise indica que Fortaleza teve aumento de 37,2% nas confirmações da Covid-19, enquanto os óbitos subiram 6,1%. Apesar de ter diferentes cenários entre as regiões, o Interior teve aumento de 50,8% nos casos confirmados da doença. Já os óbitos tiveram alta de 2,2%.
Em 2021, a taxa de mortalidade chega a 2,6 mortes por 100 mil habitantes. As ADSs do Estado com maiores aumentos nessa taxa foram as de Limoeiro do Norte (400%), Juazeiro do Norte (233,3%) e Tianguá (200%). Os números também dizem respeito à comparação com a semana anterior.
"Todas as Áreas Descentralizadas de Saúde, com exceção de Russas, tiveram incremento de casos novos de Covid-19. É importante esse alerta para que as pessoas não relaxem nas medidas de prevenção", ressalta Ricristhi Gonçalves, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Sesa, ao comentar o boletim.
A Sesa aponta que as análises de incremento/redução consideraram o intervalo entre as semanas epidemiológicas 52/2020 a 2/2021, relativo a duas quinzenas, por acreditar que esse é o período recente "menos sujeito ao atraso na digitação das notificações".
Covid-19 por Região de Saúde
O boletim indica que, na Região de Saúde de Fortaleza, 3.375 casos novos foram confirmados no período, um aumento de 18,4%. Os óbitos, contudo, tiveram redução: foram 22 pessoas mortas devido à doença, uma queda de 4,3%.
Na região Norte, houve aumento nas duas taxas: houve registro de 583 novas confirmações (12,5% de alta) e 4 óbitos (100%). Em seguida, vem o Sertão Central, foram 195 casos, o que representa aumento de 7,1%, e 3 óbitos, crescimento de 200%. Depois, o Litoral Leste, com 380 confirmações e seis óbitos, aumento de 6,4% e 200% respectivamente.
Já no Cariri, o número de registros teve redução de 3,7%, uma vez que 525 ocorrências da doença foram feitas no período. A taxa de óbitos se manteve, com sete mortes no período analisado.
Boletim municipal
Também divulgado nesta sexta-feira, o boletim semanal da Secretaria da Saúde de Fortaleza diz que o crescimento de casos na Capital "ganhou velocidade na segunda semana de janeiro".
"A curva epidêmica (acumulada) de casos confirmados continua apresentando inclinação ascendente iniciada em outubro. A desaceleração identificada em meados de dezembro não se confirmou e continua havendo um crescimento subexponencial", diz o documento.
O boletim ainda cita que "o 'achatamento' observado nos últimos dias reflete o retardo da confirmação de casos recentes".
"O declínio da média móvel visto agora reflete apenas o natural atraso das notificações dos últimos dias. A magnitude do decaimento observado na média móvel de hoje deve ser considerado, portanto, preliminar", considera a SMS.