MC Vinner atuava como motorista de app quando foi morto, diz família: 'Vítima da violência urbana'
Motociclista, há cerca de um ano o jovem prestava serviços para apps de transporte de passageiros
Conhecido como MC Vinner, o funkeiro Guilherme Vinner, de 21 anos, morreu após ser baleado no bairro Prefeito José Walter, em Fortaleza. Além da carreira musical, o jovem, que era motociclista, atuava como motorista de aplicativo e, segundo a família, morreu enquanto trabalhava realizando corridas, na noite de domingo (18).
Ao Diário do Nordeste, nesta terça-feira (20), os pais contaram que o óbito do artista não possui "motivação aparente" e que acreditam que ele foi mais uma "vítima da violência urbana".
Infelizmente, o nosso filhinho, por pura ingenuidade, estava no local errado, na hora errada. Da Polícia, sobre o caso, ainda não temos notificação, mas o que podemos adiantar é que não há motivação aparente, visto que o nosso filho estava apenas trabalhando. O que podemos considerar é que foi mais uma vítima da violência urbana".
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Os familiares ainda completaram detalhando que MC Vinner era conhecido pela conduta apaziguadora e por ser um "agregador das juventudes". No velório, realizado nessa segunda-feira (19), fãs e amigos prestaram as últimas homenagens ao funkeiro.
"Trabalhava há cerca de um ano como moto Uber, mas a maior parte do tempo era dedicado à música, complementando ainda com trabalhos de marketing, que era a sua profissão por formação, aplicada também ao seu trabalho musical", informaram os pais,
Além de cantor, ele também atuava como compositor, contribuindo para diversos sucessos, como a canção "Adeus, Tchau, Já Era", interpretada por Samyra Show. Nas redes sociais, ela lamentou a partida do jovem. "Uma perda irreparável. Deus conforte a família desse talento que nos deixou!".
Em nota divulgada na segunda-feira, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as circunstâncias do homicídio do jovem de 21 anos estão sendo investigadas pela 9ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), unidade especializada da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
Quem era MC Vinner
MC Vinner tinha 5,2 mil seguidores nas redes sociais, que utilizava para compartilhar as canções, assim como abrir a agenda para novos trabalhos.
No perfil do Instagram, o funkeiro se intitulava como "Original nº 1”. “Nasci ouvindo funk, a primeira batida que nós aprende pivete é o ‘tchu tcha’ do funk. Então jamais vou abandonar essa raiz. Viva o funk!”, escreveu em uma das publicações.
Já nos stories do Instagram, o jovem chegou a deixar um recado para si mesmo, em meio aos shows realizados: "Calma, sonhador. As coisas estão acontecendo. Só te peço para ter paciência que cada coisa tem seu tempo certo".