Cantor do hit 'Resenha do Arrocha' já trabalhou como pedreiro e dormiu em quarto com nove pessoas
Eskine viu sua vida mudar de novembro de 2024 pra cá
O cantor Eskine é a voz do hit “Resenha do Arrocha”, que desde o início do ano vem fazendo sucesso em todo o Brasil. Com 7 milhões de reproduções nas plataformas de streaming, o artista viu sua vida mudar de novembro de 2024 para cá, com direito a cantar com Anitta no Carnaval e se apresentar no “Domingão com Huck”.
Antes da fama, no entanto, Jonathan, nome verdadeiro de Eskine, trabalhou como pedreiro, garçom e chegou a dormir em um quarto com outras nove pessoas da família.
“Não tinha muito espaço, a gente ficava lá do jeito que dava: era colchão de um lado, colchão do outro, três numa cama, eu dormi muito tempo com minha mãe. As coisas mudaram, graças a Deus. Minha mãe mora numa casa com três quartos, no mesmo condomínio que minha tia, eu moro sozinho. Agora, o momento é só de felicidade. Sempre acreditei muito, mas não esperava nada dessa forma. 'Resenha do Arrocha' é surreal, quase inacreditável”, disse, sobre a nova fase, em entrevista ao Gshow.
Eskine, aliás, garante que não é cantor de um só hit. Depois de “Resenha do Arrocha”, já emplacou “Mãe Solteira”, que também está entre as mais ouvidas do Brasil.
“Sempre fui convicto do meu talento, só me faltava oportunidade. A 'Resenha do Arrocha' veio para chamar atenção para o Eskine, porque o 'Resenha' é um movimento que junta uma cultura de onde eu vim”.
Início
O cantor iniciou na música aos 15 anos, na escola. Atualmente, ele tem 25. “Um amigo meu sempre levava violão para o colégio, me interessei e peguei para aprender. Quando peguei a primeira música, não larguei mais o violão, encontrei um que era do meu tio e ficou para mim. Aprendi sozinho, seguindo dicas que me davam e procurando na internet”.
Foi quando ele passou a se apresentar na rua, nos transportes públicos, em bares e restaurantes de Salvador. Desde sempre, contou com o apoio da família: “Eles sempre enxergaram em mim uma esperança na família de mudar nossa questão de financeira. Quando eu era pequeno, tinha o sonho de ser jogador de futebol e eles já acreditavam em mim. Com a música não foi diferente, eles me apoiam muito”.
Apesar de ter feito sucesso no arrocha, Eskine cantava trap. Com a fama, agora não pretende mais mudar de ritmo. “O momento é de foco total. Minha intenção era chamar atenção para a música baiana de periferia. A cultura dos paredões não era muito aceita, principalmente o pagodão por algumas letras. Então para mim, esse sucesso é gratificante”.