Governo pode pedir cassação da Starlink após volta temporária da rede social X no Brasil
A plataforma foi suspensa no Brasil em 30 de agosto
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse nesta terça-feira (24) que a volta temporária da rede social X no Brasil está sob investigação para saber se ela ocorreu de forma intencional ou foi decorrente de problema técnico. Ainda conforme o titular da pasta, um processo para suspender a permissão de operação da empresa Starlink no Brasil, empresa provedora de internet de alta velocidade via satélites do bilionário Elon Musk, pode ser aberto.
A plataforma teria utilizado, na última quarta-feira (18), uma modalidade chamada de "proxy reverso" para retomar a funcionalidade no país. O antigo Twitter está suspenso desde o último 30 de agosto.
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“Estamos apurando se foi algo que foi provocado por eles [da rede X] ou se foi alguma falha técnica para poder ter certeza nos encaminhamentos a serem tomados [pelo Ministério das Comunicações].”
Moraes havia ordenado a suspensão da rede social no país. “Dependendo da apuração, se tiver qualquer afronta em torno do não cumprimento de uma decisão judicial, da não obediência à legislação brasileira, as providências necessárias serão tomadas. Uma delas é, inclusive, é a abertura de um processo de cassação de outorga”, adiantou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em entrevista coletiva à imprensa após lançamento do programa Acessa Crédito Telecom, para incentivar ampliação da infraestrutura de banda larga fixa no país.
A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) explicou, ainda na quarta, que a rede social X fez uma mudança técnica que possibilitou driblar o bloqueio judicial. Segundo a Abrint, a plataforma mudou os endereços de IP do aplicativo "o que resultou em uma mudança significativa em sua estrutura".