Ajuda na medida certa

Prática de exercícios deve ser acompanhada por profissional.

Praticar atividade física já está no cotidiano de grande parte da população, lembra o Secretário do CREF5-CE, Ricardo Barata. Ele comenta que houve uma mudança de consciência da sociedade sobre a importância de se evitar o sedentarismo, buscando prevenir os males causados pela falta de atividade física e pela má conduta alimentar. “Entretanto, tão maléfica quanto a falta de atividade pode ser a prática sem a orientação adequada. Esta deve ser conduzida com o conhecimento científico adquirido por profissionais habilitados, capacitados, registrados no Conselho profissional e, consequentemente, aptos para uma intervenção de qualidade”, aponta Ricardo Barata.

É o profissional de nível superior com bacharelado em Educação Física que está habilitado a prescrever e a orientar a prática da atividade física, contribuindo e fazendo a diferença na qualidade de vida das pessoas. Quem explica é o profissional de Educação Física e fisioterapeuta Sergio Franco Moreira de Souza, que também é Mestre em Educação e Gestão Esportiva e professor universitário. “Atualmente, muitos profissionais de Educação Física possuem várias especializações, podendo, dessa forma, atender melhor a população em áreas mais específicas”, pontua o docente.

Individualização

Ele diz que a prática de exercícios físicos é semelhante ao uso de medicamentos quando comparada pela ótica da prescrição. Uma pessoa doente deve buscar a orientação de um profissional médico que prescreverá a medicação de forma correta. “Caso realize automedicação, corre o risco de prejudicar-se. Na prática da atividade física, sem a orientação do profissional, a pessoa poderá se machucar”, alerta Sergio Franco. Ele frisa que toda atividade física deve ser realizada de forma orientada e que o treinamento deve ser individualizado, sendo adaptado ao praticante, independentemente de ser uma pessoa com necessidades especiais, em academias ou espaços públicos.

Qualidade de vida

A Educação Física também exerce papel fundamental na prevenção das doenças, na qualidade de vida e na saúde das pessoas, observa o fisioterapeuta e Mestre em Educação e Gestão Esportiva. Ele diz que o exercício físico realizado de forma orientada promove benefícios também às pessoas que têm patologias crônicas – como diabetes, fibromialgias, artrites, artroses e obesidade. Sobre esse ponto, ele expõe que mais de 700 milhões de pessoas em todo o mundo estão obesas e que o sedentarismo está presente em aproximadamente 48% da população brasileira (dados da Organização Mundial da Saúde - OMS).

Alguns exemplos dos benefícios da realização orientada de atividades físicas são tornar mais eficiente os sistemas cardiorrespiratório e endócrino, fortalecer ossos e músculos, melhorar o sistema imunológico, a autoestima e a qualidade de vida. Também há resultados benéficos em pacientes com câncer, AIDS e várias outras patologias, acrescenta Sergio Franco.

Desde a infância

É importante ressaltar que o hábito de se realizar atividade física deve ser fator primordial na formação humana e, portanto, incentivado e orientado de forma correta desde as aulas de Educação Física escolar. Qualquer projeto pedagógico de uma escola ou política de educação de um país deve ter no seu escopo a formação desse indivíduo por meio do movimento humano, dentro de um ensino orientado, de valorização de hábitos saudáveis e do prazer em realizar atividades. Quando implantamos nas aulas de Educação Física na escola essa consciência do valor do corpo e do movimento para a saúde de uma vida inteira, estamos preparando as novas gerações para uma relação mais harmoniosa com a saúde e o bem-estar do corpo e da mente.

FONTE: Ricardo Barata, Secretário do CREF5-CE.

Orientações

Antes de iniciar um programa de atividade física, a população deve buscar sempre a orientação de um profissional de Educação Física registrado no Conselho de Educação
Física, o Cref5; 

É muito importante realizar uma avaliação antes de iniciar um programa de atividade física;

Atenção aos sintomas após a prática da atividade física: desconforto muscular é tolerável, dor articular, não.


FONTE: Sergio Franco, fisioterapeuta, profissional de Educação Física, Mestre em Educação e Gestão Esportiva e professor universitário.