Imagens do alto

Eventos, produções cinematográficas, inspeções em espaços confinados e até monitoramento de segurança estão entre as possibilidades oferecidas pelo mercado de drones. Saiba mais.

Do céu, veículos aéreos não tripulados, popularmente chamados de drones, captam as imagens mais surpreendentes que se pode ter de um lugar. Eventos, produções cinematográficas, inspeções externas e em espaços confinados e até monitoramento de segurança estão entre as possibilidades oferecidas pelo mercado de drones.

Rapidez e segurança

A usabilidade dos drones passa por segmentos como segurança, agricultura, construção civil e audiovisual. Quando o assunto é imagens aéreas, o equipamento é o que há de mais inovador em qualidade técnica. E não estamos falando apenas das tradicionais imagens coloridas, mas também das imagens multiespectrais. “São imagens de um
mesmo objeto e tomadas com diferentes comprimentos de ondas eletromagnéticas. Pode ser luz visível, infravermelha, térmica, ultravioleta, raio-X ou qualquer outra faixa do espectro”, explica Márcio Galvão, CEO da DronDrones, empresa cearense, no mercado de drones desde 2015.

Quando o negócio foi criado, começou oferecendo imagens aéreas publicitárias aos clientes da empresa de marketing mantida por Márcio Galvão e Suyan Campos. À medida que os empreendedores estudavam a fundo o mercado, outras possibilidades de serviços foram sendo agregadas. “Fomos nos especializando, aprendendo a pilotar, fazendo cursos, participando de eventos e estudando o mercado exterior”, conta Suyan Campos.

Um desses serviços é o de inspeção em áreas inacessíveis ou de difícil acesso. Os drones fornecem imagens em fotos e vídeos em alta resolução de instalações como aerogeradores, silos, chaminés, pontes, entre outras construções. Em um parque eólico, por exemplo, a inspeção por drones detecta danos nas pás, difíceis de encontrar a olho nu, que podem reduzir a produção de energia. Como explica Márcio Galvão, uma operação como essa, além de mais econômica, pode resolver o problema com muito mais rapidez. “Imagine a inspeção de uma turbina eólica padrão que atualmente custa cerca de R$ 3.000 por torre. Realizando a mesma inspeção usando um drone, é possível reduzir o custo em até 50%. O tempo em até 80% e sem necessidade de escaladas com cordas”, afirma o gestor da empresa, especialista nesse tipo de serviço.

Outra solução disponível no mercado é a vigilância patrimonial com drones e sensores. O monitoramento aéreo é feito em conjunto com uma equipe de segurança local e oferece imagens captadas com câmeras térmicas e visão noturna. “Possuímos uma plataforma automatizada exclusiva para coleta de dados, que fornece visão privilegiada das ameaças e situações de emergência em tempo real para qualquer lugar. Em caso de sinistro, o operador registra automaticamente a localização por GPS, a foto do ‘invasor’ e alerta a equipe responsável para tomar as medidas cabíveis”, explica Márcio Galvão.

Audiovisual

Em produções audiovisuais, os drones estão literalmente alçando voos cada vez maiores. “É um mercado que está em ascensão”, observam Filipe Matos e Vitória Caldas, diretores da Inverso Filmes. “Cada vez mais observamos a contratação de drone para os mais diversos propósitos, como mostrar a dimensão de um evento ou de um local, ou criar um ângulo diferenciado da imagem. Hoje em dia todo mundo quer imagens aéreas, virou quase uma febre”, consideram. Quem geralmente demanda o serviço são produtoras de eventos (shows, formaturas, manifestações culturais), empresas e agências interessadas em produções institucionais ou publicitárias. Os valores podem variar muito. “Depende muito se serão apenas imagens aéreas ou se também haverá captação de imagens terrestres. Depende também da duração do vídeo e de quanto tempo de voo será necessário. Os valores para a produção de um vídeo, incluindo captação e edição, variam em média de R$ 800 a R$ 3.000”, pontuam os diretores da Inverso Filmes.

Legislação

Para operar drones, a legislação brasileira exige homologação da aeronave na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cadastro da aeronave na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e cadastro do piloto e da aeronave no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Além disso, é obrigatório o seguro contra danos a terceiros (Reta), feito no nome do piloto que vai operar o drone. “É importante que ambos (contratante e contratado) conheçam as regras básicas de voos de drone e conversem sobre o assunto antes da execução dos serviços para que não ocorram infrações ou acidentes, principalmente quando houver pessoas próximas aos locais de voo”, salientam Filipe Matos e Vitória Caldas. 

Serviço
Drondrones
https://www.drondrones.com.br

Inverso Filmes
https://www.facebook.com/produtorainverso/