Rica experiência
Fazer um intercâmbio em outro país pode turbinar a vida profissional. Saiba mais.
Investir em mestrado, especializações, cursos e treinamentos pode turbinar o currículo. Mas certas experiências, como um intercâmbio em outro país, podem trazer novos ares à carreira ou mesmo ser o pontapé de uma jornada profissional. Além da imersão em uma nova cultura e da possibilidade de praticar outros idiomas, há programas que conciliam trabalho e estudo no exterior, que favorecem o desenvolvimento de competências e atitudes importantes para a vida profissional dos participantes.
Viagens que transformam
Fazer um intercâmbio em outro país é uma experiência que pode render muitos frutos, não só para vida profissional, como pessoal. Considerando que a pessoa mergulhará em uma outra cultura, ela terá muito mais chances de desenvolver competências essenciais para o mercado de trabalho, como flexibilidade, jogo de cintura, capacidade de negociação e adaptação a diferentes ambientes. Além disso, voltar com um segundo ou terceiro idioma tende a abrir portas profissionais. No mercado, há muitas opções para quem quer viver a experiência. Tudo vai depender do orçamento disponível e do período que se deseja passar, o que pode variar de algumas semanas a meses.
Um dos programas mais buscados é o intercâmbio de idiomas. Pode ser feito tanto por quem já tem um nível inicial na língua estrangeira, como por quem já está mais avançado e deseja evoluir. As aulas são voltadas para desenvolvimento da escrita, conversação e compreensão. Estando em um lugar onde tudo está em outro idioma, o aproveitamento costuma ser bem maior do que quando se estuda no Brasil.
Intercâmbios voltados para estudo de outros idiomas podem ter curta duração – um mês, por exemplo, ou serem mais longos. Quem já tem nível mais avançado na língua pode aliar as aulas de idioma com outras atividades, como cursos de artes, fotografia, dança, culinárias, entre outras opções. E quem está pensando em uma mudança de carreira, por exemplo, pode associar o curso de inglês em uma universidade estrangeira a matérias de um MBA. O importante é saber como cada experiência pode se alinhar aos objetivos profissionais.
Regina Lima, consultora de viagens e intercâmbios na empresa O Portal dos Viajantes, observa que a procura por intercâmbios vem, em sua maioria, de pessoas que querem melhorar o currículo e ter uma experiência de vida fora do Brasil. Para ela, que teve a oportunidade de estudar francês na França e inglês na Inglaterra, o intercâmbio foi muito rodutivo para a carreira. “Com o conhecimento de outro idioma fiquei mais capacitada para o meu mestrado, pois a gente sempre tem que ler e até escrever em outro idioma. Além disso, já tive que atender clientes em inglês e francês. E isso é um diferencial muito bom, pois o cliente se sente seguro e satisfeito”, avalia Regina Lima, que já planeja o próximo intercâmbio.
Trabalhar e estudar
Outra opção de intercâmbio é o que concilia trabalho e estudo. A experiência não só agrega ao currículo, como impulsiona o aprendizado da língua estrangeira. Entre os diversos tipos de programa de trabalho no exterior, os principais são o de Au Pair, o Work and Travel (experiências temporárias para universitários durante as férias), o Camp Counselor (monitores de acampamentos escolares, também durante as férias), Estágio nos Estados Unidos, Austrália e China e Trabalho Voluntário.
Oferecido, em geral, apenas para mulheres de 18 a 30 anos, o Au Pair é um programa de trabalho remunerado como babá, existente nos Estados Unidos, em especial, mas também pode ser feito em outros países da Europa. A rotina de trabalho é de até 45 horas semanais e inclui levar e buscar as crianças na escola, acompanhar em passeios, cuidar da alimentação
e da higiene, dentre outras atividades estabelecidas previamente. Durante o tempo livre, é possível fazer cursos ou dedicar-se a atividades turísticas. O programa tem contrato mínimo de um ano, podendo prorrogar por mais um ano. Estão inclusos no intercâmbioacomodação, refeições, férias remuneradas e assistência médica internacional.
Para quem se identifica com o trabalho social, o intercâmbio com trabalho voluntário é uma alternativa. O intercambista vai aliar o aprendizado de uma nova língua com uma causa que considera importante. Trabalhos com crianças e idosos, ou vinculados ao meio ambiente e à vida selvagem, estão entre as possibilidades. Os destinos mais comuns são África do Sul e China. O indicado é que já se tenha um conhecimento intermediário do idioma, pois será necessário para o dia a dia das atividades.
Seja qual for o intercâmbio escolhido, o importante é estar aberto às mudanças e oportunidades que poderão surgir. “Eu recomendo porque é uma experiência muito válida, para o crescimento profissional, para voltar com uma outra visão de mundo, valorizar a família e o seu país”, opina a consultora Regina Lima.