Presidente da Audi é preso na Alemanha

A prisão foi em decorrência do escândalo dos motores a diesel do grupo Volkswagen, do qual a marca de luxo faz parte

O presidente da Audi, Rupert Stadler, foi preso nesta segunda-feira (18), na Alemanha, por envolvimento no caso do "dieselgate". O nome é atribuído ao escândalo de falsificação de resultados de emissões de poluentes em motores a diesel da Volkswagen, o qual veio à tona em setembro de 2015 nos Estados Unidos. Para burlar inspeções, a marca usou um programa de computador em 11 milhões de carros em todo o mundo.
 
E em novembro de 2015, dois meses depois de a fraude da Volkswagen ser exposta, a Audi admitiu que seus motores 3.0 litros V6 a diese também tinham o dispositivo que reduzia a emissão de poluentes apenas quando os carros passavam por testes.
 
Segundo divulgado pelo G1/Auto Esporte, a informação foi confirmada pela Volkswagen, que reforçou que a detenção é temporária. A prisão, com base em comunicado divulgado pela Promotoria de Munique, é baseada na ocultação de provas. Conforme o Globo, a promotoria submete a ele e a outro membro do conselho de administração da subsidiária da Volkswagen as acusações de fraude e falsificação de documentos.
 
Multa
 
Na semana passada, a Promotoria de Braunschweig, na Alemanha, encarregada do caso Volkswagen, impôs uma multa de 1 bilhão de euros pela manipulação das emissões. A marca aceitou, sem recorrer do caso, fazendo o processo terminar. A Volkswagen esperava que isso tivesse "efeitos positivos notáveis" sobre outros processos que o grupo e suas filiais têm em outros países da Europa.
 
De acordo com G1/Auto Esporte, um total de 20 pessoas ainda estão sob suspeita na investigação que apura se outros carros do grupo Volkswagen estariam equipados com um software que desativa os controles de emissões durante a condução regular.
 
Já nos Estados Unidos, a Volkswagen também se declarou culpada de acusações. No país, dois de seus gerentes estão presos e um acordo custou cerca de US$ 25 bilhões, que envolve a recompra de um total de 500 mil veículos na América do Norte, em processo que deve continuar até o fim de 2019.
 
Até meados de fevereiro, a VW emitiu 437.273 cartas, oferecendo quase US$ 8 bilhões em indenizações e recompras.