Retomada do trabalho presencial

Em meados de março, quando os primeiros casos da Covid-19 foram identificados no Brasil, medidas de distanciamento social passaram a ser amplamente adotadas para evitar a disseminação do vírus.

Diante desse cenário, as organizações tiveram que buscar alternativas para continuar exercendo suas atividades sem colocar em risco a saúde dos seus colaboradores. A solução encontrada, para grande parte delas, foi a adoção de regimes de home office ou trabalho remoto. 

Mas o que grande parte da população imaginou que seria uma situação temporária, acabou perdurando por longos meses e ainda não se sabe, ao certo, quando será seguro retornar às atividades regulares como desempenhadas antes da pandemia, especialmente quando vários países ao redor do mundo estão impondo restrições mais severas em razão de uma possível segunda onda.

Nesse contexto de incertezas, em que ainda estamos longe de um “mundo normal” pós-pandemia, talvez faça mais sentido perguntar “por que precisamos voltar” ou “como será essa volta”.

Isso porque, com o surgimento de novas tecnologias e a adoção de ferramentas já existentes, muitas empresas descobriram que o trabalho remoto funciona e optaram por manter o home office não por obrigação, mas por uma questão de responsabilidade social, evitando que seus funcionários fiquem expostos ao vírus quando não há necessidade real de retorno presencial.

E mesmo que a sua empresa tenha retomado as atividades presenciais, adotando todos os protocolos de segurança, é importante estar preparado para se valer mais uma vez do trabalho remoto caso haja novo aumento no número de casos e o consequente enrijecimento das medidas restritivas.</CW><CW6> Não custa lembrar que essa preparação não se restringe à logística de “mandar as pessoas para casa”. É preciso que também haja uma preparação jurídica, com a adequação dos contratos de trabalho, para que correspondam aos requisitos legais vigentes.

Bárbara Gondim da Rocha
Advogada