Gente não é para morrer de fome

Na última sexta-feira, (9), o prêmio Nobel da Paz foi concedido para o Programa Mundial de Alimentação da ONU, pelas importantes ações de combate à fome, especialmente no momento em que o mundo inteiro sofre com as consequências do agravamento da pobreza e da falta de comida para populações que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Esse reconhecimento tem uma importância sem par, pela necessidade de visibilidade, cooperação e solidariedade necessárias para o enfrentamento desse desafio global. É um forte apelo para que os governos assumam o combate à fome como pauta prioritária. A formação e disseminação da cultura alimentar, com ações de pesquisa e capacitação, por exemplo, é capaz de ampliar oportunidades profissionais para jovens e, consequentemente, gerar mobilidade social, o que indiretamente contribui para minimizar o problema da fome.

Durante a pandemia, a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, instituição do Governo do Estado, intensificou esforços com programas e ações voltadas para o combate à fome, com formações online para os alunos com base nas exigências impostas por essa nova realidade. Nessa mesma linha, integramos o Programa Cozinhas Solidárias, em parceria com a Gastromotiva - RJ, para levar ações de formação e empreendedorismo social para cozinhas de 10 comunidades de Fortaleza, resultando na produção e distribuição de 64 mil quentinhas.

No próximo dia 17, a Escola também realizará a distribuição de marmitas e será ponto de recebimento de doações da campanha nacional "Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome". Convidamos a todos para se juntarem nessa ação de urgência, cidadania e justiça social. A fome não pode esperar.

Selene Penaforte

Superintendente da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco