Saudades de Dona Deusdete, minha mãe

Confira a coluna deste sábado (2)

Legenda: Dona Deusdete, minha mãe
Foto: Arquivo pessoal

No seu registro de nascimento, chamava-se Deusdedith Bezerra de Souza, mãe de 10 filhos, e que nos deixou aos 92 anos, em março de 2020, na cidade de Juazeiro do Norte.

O nome Deusdideth parecia difícil de ser pronunciado com exatidão e a minha mãe passou a ser chamada de Deusdete.

Sempre exalou carinho e preocupação pelos filhos, especialmente por um deles – Bivar – surdo-mudo e sua obsessão permanente.

Ao lado do esposo Francisco Martins de Souza, nosso pai, levou uma vida dentro de padrões razoáveis para o soldo de um funcionário da Rede de Viação Cearense.

Tudo começou em Várzea da Conceição, município de Cedro, onde nasceram alguns dos 10 filhos e ponto de partida de muitas transferências que desaguaram no Cariri, em 1957.

Mas, o objetivo dessa pequena crônica é expressar a saudade que sinto de minha mãe, de cuja figura não consigo esquecer um dia sequer, desde que nos deixou desfalcados de sua forte presença.

Porque nos põe no mundo, as mães não deviam morrer nunca, pois nos fazem uma falta danada.

Ouso mesmo a contrariar a sentença: “Saudade é sentir que existe o que não existe mais”.

A saudade que eu sinto de Dona Deusdete me dá a certeza de que ela continua entre nós, lá em Juazeiro, esperando as minhas visitas.

Neste dia de Finados, creio que este é o sentimento dos seus filhos, netos, bisnetos, parentes e amigos, cujas lembranças lhe tornam eterna.

Ave, mãe.