Posse de bola
Confira a coluna desta quinta-feira (19)
Ficar com a bola, ter apreço pela redonda e, com isso, inibir o adversário. É tudo o que um time deseja.
Guardiola, quando organizou uma sinfonia chamada Barcelona, afirmou: "a minha equipe sem a bola é muito ruim".
A posse de bola, além de ser uma forma de marcar o adversário, permite o controle do tempo.
Tempo de acelerar, de ir mais lentamente e de parar, como na música.
Já ouviram “jogar por música”?
A partir daí, como se fosse obrigado confrontar, surge uma outra vertente e indaga: "ter a posse de bola pra quê mesmo ?"
O ideal, dizem, é jogar no erro do adversário e aproveitar a bola parada.
Não tenho a veleidade de afirmar se tratar de uma coisa certa ou de heresia pura.
Reconhecemos, e faz bom tempo, que somente posse de bola não é solução para tudo num jogo de futebol.
Agora, aceitar que ceder o campo e a bola para o adversário significa pavimentar o caminho para o triunfo, é certeza demais.
O futebol brasileiro, fundado no individualismo, não digere com gosto essa ideia.
"A bola é o brinquedo fundamental", já dizia Paulo Mendes Campos.
Dominá-la e acariciá-la é fundamental para o jogador. Primeiro grande passo para as vitórias.