Pelé, Neymar e as estatísticas

Leia a coluna dessa terça-feira (12)

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Foto: reprodução

Não suporto essa mania excessiva pela estatística. Se cai uma xícara no chão, põe-se na conta. 

Disraeli, escritor e aristocrata inglês, destacou a estatística como uma mentira deslavada.

Querer, por exemplo, explicar futebol através dos números não tem o menor sentido.

A mídia esportiva incensa o fato de Neymar superar Pelé em gols marcados pela seleção brasileira.

Pergunto: qual a verdadeira relevância disso?

Por partes. Só os imbecis de carteirinha acham que Pelé é somente números.

O que prepondera não é, apenas, o fato de Pelé ter marcado tantos gols. E sim como ele os fez.

Assinalou gols de todo jeito. Foi celebrado até pelos que não marcou.

Outra coisa: que conquistas, verdadeiramente importantes da seleção brasileira contaram com os gols de Neymar?

Desta feita, a tara por números, estatísticas e comparações absurdas se destinam a colocar Pelé em bola dividida. Nem vem que não tem. 

Vão lamber sabão, façam-me o favor.