Ouro do passado

Coluna do Wilton Bezerra desta terça-feira (4)

Legenda: Éder Jofre é considerado o maior pugilista da história do Brasil
Foto: Reprodução

O brasileiro não celebra os seus ídolos como deveria. Pelo contrário, além do esquecimento, se puder, consegue um jeito de falar mal deles.

Diga-se, também, que as abordagens preferenciais estão pelo lado trágico de suas vidas.

Garrincha era notícia pelo alcoolismo que o dissipava ou pelas perseguições que sofria da justiça pela falta de pagamento de pensões.

Vejam o caso de Pelé, o maior
jogador que o Mundo conheceu.

Os problemas com uma filha e sua posição de não ativista político mereceram espaços excessivos.

Maria Esther Bueno, a Rainha de Wimbledon, depois da vários anos de ostracismo, faleceu, sem ter o reconhecimento merecido.

Éder Jofre, que acaba de falecer em São Paulo, aos 86 anos, é outro enorme nome brasileiro no boxe internacional.

Só se notíciava sobre Éder Jofre, campeão do Mundo em duas categorias, pesos galo e pena, para falar do seu estado de saúde

Nelson Rodrigues (sempre ele) tinha razão: "O brasileiro não sabe lidar com o ouro do passado".

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