Quando a gente sente o incômodo que nos chateia, além da conta, é porque algo não está bem.
Ou estamos cansados ou as coisas estão chatérrimas, mesmo no dia a dia dos nossos assuntos.
Impressionante como a gente passa a considerar algo de aproveitável num jogo de futebol, depois de analisar aspectos numéricos.
É dose cavalar a atenção dada aos desarmes, interceptações e cortes que os times produzem dentro de uma partida.
Vá lá que essas práticas sejam necessárias dentro de uma sistematização de jogo, mas passa a impressão de que são mais importantes do que a busca do futebol jogado.
Assim, fica difícil entender o futebol e, ainda mais, metabolizar toda a explicação que advém dessas ideias de jogo.
Outro incômodo é a queimação do treinador pela crônica especializada, em cima de um resultado, ensaiando-se comportamento de torcedor.
A admiração pelo trabalho de um técnico que está de saída não significa que, quem chega, não tenha suas ideias próprias. Aí, se dá, geralmente, uma contradição: a critica vem de quem cobra, diariamente, ações disruptivas para modernizar o futebol brasileiro.
Muito ruim, é ignorar que vivemos uma situação cada vez mais insuportável de perder valores para o futebol da Turquia, Grécia e outros países de IDH lá nos cafundós do Judas.
Também, não é menos chato ouvir de Wanderley Luxemburgo as repetições de lugares comuns, ostentados como discurso novo e que se dê excessivo espaço a isso. Assim como os discursos dos novos orientadores, carregando na “erudição”, para explicar coisas simples, com textos adredemente decorados.
Agora, estão “descobrindo” que um time para marcar gols não precisa finalizar muito, pelo fato do Vasco da Gama estar sendo cirúrgico em suas vitórias.
E, finalmente, não é de bom tom que os participantes do maior campeonato do Brasil coloquem-no em segundo plano, optando por outras competições.
Decrete-se que é proibido chatear e revogue-se todas as disposições em contrário.