O futebol cearense deve muito ao Bahia na evolução de sua prática, lá pelos primórdios do século passado.
A excursões do tricolor baiano ao nosso Estado foram de extrema importância, por trazerem as novidades do jogo e a obediência das regras, que não eram tão respeitadas assim.
Mas, como o passado e o futuro fazem o nosso presente, é a eles que recorremos para falar da decisão da Copa do Nordeste.
Bahia e Ceará começam, sábado, a fase decisiva da competição.
Então, vamos à “caça do tesouro” para saber o que o Bahia possui de virtudes, tendo como base o jogo diante do Confiança, com a vitória pelo placar de 1 X 0.
Direto ao ponto, diríamos que dois jogadores bastante conhecidos outorgam a si próprios a tarefa de resolver as coisas para o tricolor da Boa Terra.
O primeiro é Élber, rápido, habilidoso e contando com uma espécie de salvo-conduto para ocupar todos espaços na linha de frente.
O segundo é o ala Capixaba, um formulador excepcional nas jogadas de apoio, mesmo não tendo ao seu lado uma parceria do mesmo nível.
O meio-campo, formado por Flávio e Gregore, tem grande qualidade porque atua no repuxo de defender e consegue, com o segundo, projeções para o ataque.
Falta, visívelmente, um meia de ligação.
De resto, nenhum grau considerável de letalidade a se observar em outros setores do time de Roger Mahado.
Rodriguinho não se sustenta como protagonista. Clayson, com futebol de pouca conseqüência, e Fernandão, centroavante “casca grossa”, depende das jogadas pelo alto.
Pouco apertada pelo Confiança, a defensiva de João Pedro, Lucas e Juninho nos pareceu de nível comum.
Mas, como disse um velho filósofo produzido pelo futebol: “Cada jogo tem uma história diferente”.
Já me convenci disso, há bastante tempo.