O multifacetado futebol parece não esgotar o seu estoque de “trapaças”. Fez mais uma das suas, ontem à noite, no Castelão, quando deu ao Fortaleza a sensação de que o direito de continuar na “Sula” estava no papo. Deu e tirou, como é de costume em muitas oportunidades.
O argentinos, na base de “todos pela pátria”, se fecharam no primeiro tempo, para tirar espaços do Fortaleza e dosar energias.
A posse de bola tricolor atingiu massacrantes 73%. Desanimadora foi a falta de maior profundidade nas jogadas de ataque, compensatórias do domínio. Ainda mais porque os contra-golpes do Independiente foram irrelevantes.
Campana fez uma defesa espetacular, em jogada finalizada por Deivid, e Juninho marcou 1X0, convertendo pênalti de Bustos em Osvaldo.
Na segunda etapa, o Independiente mudou de idéia tática para furar o cerco do Fortaleza, mas continuou sendo fustigado.
Osvaldo, o melhor do jogo, mais uma vez, investiu pela esquerda e Campana evitou o gol.
Silvio Romero, sem um bom ângulo, igualou as coisas em matéria de oportunidades de gol. Felipe Alves defendeu.
Na saída de Mariano Vásquez, o Fortaleza colocou Tinga e levou Deivid para o meio. Com a contusão de Romarinho, Ceni escalou Marlon. Esse jogador, coadjuvante, superou, numa jogada, os astros principais, ao marcar o segundo gol, aos 35 minutos, num cruzamento de Gabriel.
Lembrou aquelas atores, que escalados como coadjuvantes em vários filmes, cansam de superar os astros principais.
Foi duro segurar essa vantagem, debaixo de investidas desesperadas dos argentinos. Até que veio, nos descontos, o “gol-sacanagem” de Bustos, uma mistura escrota de um bocado de coisas.
A torcida tricolor, silenciada no gol argentino, aplaudiu o time ao final do jogo.
“Porcaria” de regulamento.