O placar de 1 x 1 do primeiro tempo foi uma judiação com o Ferroviário. Teve condições de enfiar, ligeiro, um placar elástico na Ferroviária.
Abriu a contagem, com um minuto de partida, através de Deizinho, fruto de magnífica ação de Ciel.
Centroavante cerebral, Ciel foi um farol a iluminar as ações do ataque coral.
Sem a bola, o Ferroviário recuava até o meio-campo para marcar. Com a bola, saia para ataque, tocando de primeira, envolvendo seguidamente a defesa da Ferroviária.
Que futebol técnico, seguro e competente de César Sampaio, Tarcisio, Lincoln, Deizinho e Gabriel.
Criou três situações cristalinas de gol com Ciel, Gabriel e Mateus.
Diminuiu a aceleração, deixou o adversário respirar e tomou um gol. Aliás, um golaço, de Victor Barreto.
A Ferroviária reclamou de uma bola que teria ultrapassado a linha de meta do goleiro Ígor.
A seguir, o goleiro Saulo salvou a Ferroviária de tomar dois gols em finalizações de Ciel e Éder Lima.
Na segunda fase, cedo, também, Ciel marcou o seu, em jogada de Cadu. A diminuição de velocidade de Ciel para receber a bola no ponto ideal foi coisa de jogador extra classe.
Como a perna passou a pesar para as duas equipes, o jogo diminuiu de intensidade. Mas, com o Ferroviário no controle.
Destaque-se, aí, a firmeza dessa dupla de zaga formada por Alisson e Éder Lima.
Ciel teve uma outra chance de marcar e Kobayash trabalhou bem nas alterações que a situação de jogo pediu. O treinador conta com um banco valoroso.
Susto mesmo, somente em cobrança de falta, por Cantarele, da Ferroviária, que a bola tocou no travessão de Ígor.
Coletivamente, o Ferroviário fez belo jogo. Mas, a figura de Ciel preponderou, mais uma vez.
Um gol e a participação decisiva no primeiro e em dois movimentos: na finalização e no aproveitamento da largada do goleiro.
Magnífico Ciel. O grande herói da conquista do bicampeonato. Todos de pé, aplausos pra ele.