No tempo do torcedor nos treinos

Leia a coluna de Wilton Bezerra desta quarta-feira (5)

Escrito por
Wilton Bezerra producaodiario@svm.com.br
Legenda: Treinos abertos de Fortaleza e Ceará
Foto: Fabiane de Paula/SVM | Thiago Gadelha/SVM

Quando criança, no Crato, cheguei a pular o muro dos "estádios" Wilson Gonçalves (campo do Esporte) e Pinto Madeira (campo do Cariri). Só que, no último, fazíamos um buraco na "parede" ao remover uma placa de flandre.

Isso se dava quando faltava dinheiro para pagar o ingresso.

Entrar na "garapa" somente no campo do Esporte, quando o "seu" Raimundo Nascimento estava no portão de entrada. Meu pai, Francisco Martins, dava uma pequena contribuição financeira ao rubro-negro cratense.

Afora isso, a gente se contentava em ser torcedor de treinos das duas equipes, nos seus campos.

Dessa forma, conhecíamos de perto nossos ídolos municipais: Ângelo, Sílvio, Laudemiro, Binda, Bebeto e Idário, do Cariri. Anduiá, 
Panquela, Pirrila, Doce de Leite e Sitônio, do Esporte.

Quando das nossas escapadas para Fortaleza, comparecíamos ao Pici e ao Carlos de Alencar Pinto para assistir treinos. Imaginem a nossa satisfação.

Hoje, o torcedor de treino é uma impossibilidade. Os clubes se fecharam até para a imprensa, quanto mais para o seus torcedores. A não ser em ocasiões especiais, quando precisam de um apoio maior da massa torcedora.

É isso. O futebol já pertenceu ao povão. Só a ele, diga-se.

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