Na medida

Confira a coluna desta sexta-feira (18) do comentarista Wilton Bezerra

Escrito por
Wilton Bezerra producaodiario@svm.com.br
Legenda: Neymar se dividiu entre duas paixões: futebol e vida de popstar
Foto: Raul Baretta / Santos

O SIMULACRO

O malandro, quando sabe que vai cair, se deita. Neymar quis aplicar essa e tem se dado mal.

Primeiro, porque se dividiu entre duas paixões: futebol e vida de popstar.

Já dizia a máxima rodriguiana que as paixões são exclusivas. "Duas paixões se excluem, afastadas pela suspeita de traição".

Imaginou poder sobreviver distribuindo migalhas de futebol.

À esta altura, tem levado pauladas de tudo que é lado, depois de se contundir mais uma vez.

Tratado como "retrato amarelo na parede" ou de um "ex-jogador quase em atividade".

E por aí vai. Não se sabe até quando.

INCOERÊNCIA 

O futebol ignora a nossa racionalidade e adora contrariar nossas previsões.

Quem parece desconhecer isso é a crônica especializada.

Quando das vitórias, times são colocados nas alturas. Nas derrotas, são considerados os piores do Mundo. 

Não há coerência nessa hora.

ARTE POPULAR

O brasileiro conheceu o futebol, uma invenção inglesa, e a adotou como sua.

E, mais do que isso, transformou-a em arte popular cultivável.

De elite, no inicio, foi apropriado pelos negros e pobres. Caso raro de vitória popular em País excludente como o Brasil.

FRASE

"Não me fica bem, como estadista, viajar com um time de futebol". 

Rui Barbosa, em 1916, ao recusar uma carona marítima com a seleção brasileira.

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