Império das banalidades

Confira a coluna desta sábado (12) do comentarista Wilton Bezerra

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Emburrecemos.

Numa sociedade dedicada ao espetáculo, show e entretenimento a cultura vale pouco.

Se houve um tempo em que a educação foi importante em nosso país me digam, me ajudem a descobrir quando.

Vivemos um período em que as pessoas valem pelo que falam delas, não pelo produzem ou falam.

É que Muniz Sodré denomina de "classe-mídia".

O que vale é o que vende.

Todo dia somos sacudidos por "fenômenos" artísticos e culturais de quem nunca ouvimos falar.

Tempos atrás, numa tradução bem nossa, o que gera tudo isso é o "prego de leitura".

Poucos lêem e preferem "ficar no prego" na hora de entender a vida.

O locutor que vos fala não é nenhum devorador de livros e, acha mesmo, que ler é uma coisa que pode ser chata.

De muitos livros de escritores clássicos que tentei ler, não consegui avançar além de poucas páginas.

O segredo para reverter isso foi a escolha de leituras que me  agradassem.

Quando acertei esse detalhe,  nunca mais deixei de ler.

Não só livros, mas revistas, jornais e tudo escrito que me chegou às mãos.

Nunca o banal esteve tão por cima em nosso país.

Vejam o caso dos Reality Show que as nossas televisões oferecem para uma enorme audiência.

Um show de banalidades.

E o telespectador bate palmas e pedi bis. 

É o grande momento da banalidade que vende.