É sempre a mesma coisa. Os problemas estruturais do futebol brasileiro só são lembrados quando voltamos de uma Copa do Mundo, sem conquistá-la.
Como se fosse possível conter atraso com uma conquista de Mundial.
Quantas vezes repetimos em nossos comentários: "Se a seleção brasileira for bem, isto não significa que o futebol no País está funcionando a mil maravilhas".
Vejam quão é estúpida a nossa ida ao divã, a cada Copa fracassada. Quando tomamos o 7 x 1, o mequetrefe José Maria Marin apontou uma solução: "Precisamos marcar, rápido, um amistoso com os alemães, para nos recuperarmos desse vexame".
Que maravilhosas saídas temos depois da Copa do Catar, quando voltamos mais cedo?
A mais nova ideia é a de contratar treinador de renome internacional para dirigir a seleção, como se isso fosse a coisa mais tranquila do Mundo. Qual o treinador que aceita trabalhar em uma esculhambação como a nossa?
Nos falta uma Liga de verdade, que mude a fisionomia das nossas competições.
Um calendário inchado e maluco esfola elencos, torna treinadores peças descartáveis, como vasilhames de refrigerante.
Por entender que futebol é apenas um 11 x 11, assiste-se, com naturalidade, a ida dos nossos principais jogadores para o exterior.
Isso implica na perda de relevância de um futebol que já impôs mais respeito.
Enquanto o futebol brasileiro não olhar para dentro de si, ficaremos em discussões estéreis, em cima de farta lista de defeitos nas estruturas.
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