Barbárie e carestia

Leia a coluna desta sexta-feira, (14)

Sei não. Há momentos em que sou tomado por pensamentos pessimistas além da conta.

Nesse estado de espírito, me imagino recluso e estacionado em alguma época do passado, quando se era, supostamente, mais feliz.

Um tempo em que a barbárie não tinha virado espetáculo e a inflação se chamava carestia.

Esses dois fatores nos pareciam de menor efeito em nossas vidas. Ou isso não passa de situações idealizadas?

Sobre os que os bárbaros estão fazendo com a nossa vida, vou pular esse quesito. Diz respeito a instintos primitivos e nos falta marra para falar sobre o assunto. Já entenderam, né?

Só indignação não basta.

Falemos de economia, mesmo sentindo a dor da carestia. Como não entendo da marmota, só faço perguntas.

Com os recursos que conta o governo, não é possível fazer melhor?

Só escutamos que é necessário gastar mais. Que falta dinheiro.

Por que, quando os recursos chegam acrescidos, o governo usa e somente entrega a mesma porcaria?

E tome carga tributário no nosso lombo. Não tem arcabouço humano que suporte.

Só queremos o essencial para viver e o dinheiro para o vestido da mulher.

Mas, por mais que se faça para viver carecendo de menos, tudo tem limites.

Não podemos ser consumidos por uma luta desigual e sem fim pela sobrevivência.