Sei não. Há momentos em que sou tomado por pensamentos pessimistas além da conta.
Nesse estado de espírito, me imagino recluso e estacionado em alguma época do passado, quando se era, supostamente, mais feliz.
Um tempo em que a barbárie não tinha virado espetáculo e a inflação se chamava carestia.
Esses dois fatores nos pareciam de menor efeito em nossas vidas. Ou isso não passa de situações idealizadas?
Sobre os que os bárbaros estão fazendo com a nossa vida, vou pular esse quesito. Diz respeito a instintos primitivos e nos falta marra para falar sobre o assunto. Já entenderam, né?
Só indignação não basta.
Falemos de economia, mesmo sentindo a dor da carestia. Como não entendo da marmota, só faço perguntas.
Com os recursos que conta o governo, não é possível fazer melhor?
Só escutamos que é necessário gastar mais. Que falta dinheiro.
Por que, quando os recursos chegam acrescidos, o governo usa e somente entrega a mesma porcaria?
E tome carga tributário no nosso lombo. Não tem arcabouço humano que suporte.
Só queremos o essencial para viver e o dinheiro para o vestido da mulher.
Mas, por mais que se faça para viver carecendo de menos, tudo tem limites.
Não podemos ser consumidos por uma luta desigual e sem fim pela sobrevivência.