A terça-feira (22), terceiro dia de Copa do Mundo, era cercado de expectativa pelas estreias da França e Argentina, ambas bi-campeãs do Mundo. Duas vitórias convincentes eram esperadas, tanto pela qualidade das duas seleções, quanto pela fragilidade dos adversários.
Mas o roteiro foi bem diferente para as duas, com a Argentina falhando miseravelmente diante de uma fraca Arábia Saudita, sofrendo uma virada increditável. Já a França, embora tenha saído perdendo para a Austrália, teve o controle emocional que faltou aos argentinos para virar o jogo e vencer por 4 a 1 com facilidade.
Enquanto o time de Scaloni mostrou muita desorganização após a virada dos sauditas - 52 minutos de jogo eram suficientes para virar - a França jogou de forma mais natural e venceu com autoridade.
França mostra força
Mesmo com baixas como Benzema, Pogba, Kanté e Nkunku, os franceses mostraram muito repertório, em uma atuação segura de toda a equipe, a melhor entre as favoritas. As atuações de Rabiot (um gol), Griezmann, Giroud (com dois gols) e Mbappé (um gol) devem animar os atuais campeões do mundo para conquistar o Tri.
As opções de Deschamps são excelentes, como comprovaram as entradas de Coman, Theo Hernández e Fofana no decorrer do jogo. O grupo é muito forte, de muita qualidade e Dinamarca e Tunísia são adversários duros, mas acessíveis, para uma liderança tranquila no grupo D.
Hermanos no desespero
Se a França encaminhou a classificação e deve ser líder da chave sem problemas, a Argentina se complicou e terá que vencer México e Polônia para se classificar. O empate entre as duas seleções por 0 a 0 beneficiou os "hermanos", que dependem ainda só de sí para conquistar a 1ª colocação, mas uma derrota para o México na rodada que vem já os eliminam.
A virada sofrida contra a Arábia Saudita colocou fim a uma sequência de 36 jogos de invencibilidade da Argentina. A última derrota havia sido para o Brasil, na semifinal da Copa América de 2019. A seleção, que estava nos braços de sua torcida, foi bastante criticada na internet pela atuação.
O sistema defensivo da Argentina foi um desastre, principalmente o goleiro Emiliano Martínez, que falhou nos dois gols e o zagueiro Cristian Romero.
No meio, De Paul não fez a partida que se esperava por sua qualidade na criação, mas faltou Lautaro Martínez, Di Maria e Messi aproveitarem melhor as chances.
Scaloni terá muito trabalho para renovar o ânimo do time argentino, que tem qualidade, mas decepcionou ao sofrer a virada. O elenco argentino tem qualidade, não sofreu baixas tão importantes como a França, e tem obrigação de vencer os dois jogos que tem para se classificar.
O detalhe é que as duas bicampeãs podem se enfrentar nas Oitavas de Final caso alguma delas fique na segunda colocação de seu grupo.