Primeira tese de doutorado sobre hidrogênio verde é apresentada no Ceará

Acadêmico da UFC desenvolveu membrana mais barata para eletrolisadores. Tecnologia pode contribuir para reduzir custos de produção no futuro

Legenda: Santino Loruan, ao centro (de azul escuro), ao lado de professores e colegas, na UFC
Foto: Ribamar Neto/UFC Informa

O início do desenvolvimento do hidrogênio verde (H2V) no Ceará, primeiro estado a produzir essa fonte de energia, vem sendo acompanhado pela academia. Nos últimos dias, foi apresentada a primeira tese de doutorado no Ceará sobre essa temática.

Produzido por Santino Loruan, na Universidade Federal do Ceará (UFC), o trabalho aborda o desenvolvimento de uma membrana alternativa no processo de eletrólise. O título é "Composto de quitosana aditivado com nanocelulose e óxido de grafeno para eletrolisador PEM".

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Objeto da pesquisa

Segundo informações da UFC, a pesquisa desenvolveu uma membrana trocadora de prótons (ou PEM, Proton Exchange Membrane, na sigla em inglês), utilizada no eletrolisador, para manter separados hidrogênio e oxigênio. Tal estrutura garante a pureza dos gases e impede que eles se misturem.

O objetivo é baratear o processo, considerando que, atualmente, são utilizadas membranas de nafion como padrão. Elas são importadas e têm preço elevado.

"Ter uma primeira tese de doutorado na área no nosso Estado abre um espaço grande para futuras pesquisas e o desenvolvimento da parte científica", diz o orientador do trabalho, Prof. Enio Ponte de Deus.

O autor da pesquisa destaca que o estudo poderá estimular a produção de H2V no Ceará, além de fomentar ganhos sociais.

"Quando o Prof. Enio propôs trabalhar com esse tema no laboratório, ele destacou especificamente o desenvolvimento sustentável e social", diz Loruan.

 



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