Os 5 eixos de desenvolvimento do Nordeste, segundo o BNB

Lide reuniu líderes dos setores público e privado para pensar o desenvolvimento do Nordeste

Legenda: Evento contou com representantes do Lide Ceará, BNB, Codevasf, Consórcio Nordeste, Governo do Ceará e Senado
Foto: Divulgação

Na estratégia de estímulo ao desenvolvimento econômico traçada pelo Banco do Nordeste (BNB), estão cinco eixos centrais: agronegócio, energias renováveis, saneamento, logística e turismo.

O presidente do banco, Paulo Câmara, e o diretor de ativos de terceiros da instituição, Thiago Alves Nogueira, expuseram as principais potencialidades econômicas do Ceará e da região a um grupo de grandes empresários, no Fórum de Competitividade Regional do Nordeste, um evento do Lide Ceará que reuniu nomes estratégicos, nesta semana, em Fortaleza.

Crescimento e oportunidades

Conforme projeções do BNB, a economia do Nordeste crescerá acima da média nacional nos próximos anos, e isso cria uma janela de oportunidades que precisa ser explorada pelo setor público e a iniciativa privada. Estima-se que o PIB do Nordeste terá crescimento nominal de 50% até 2030.

"De um modo geral, nos falta um olhar mais atualizado para a Região, com um plano estratégico persistente, que seja concretizado independente de governos, e inclusive com eles, pois a notável descontinuidade de projetos nesta ultima década, nos fez chegar até aqui, com um pouco menos do menos que já tínhamos. Tendo o Ceará como exemplo, que em 2021 chegou ao PIB de 195 Bi, crescendo 4,08% em relação a 2020, ainda assim representa 2,2% do PIB do Brasil", pontua a presidente do Lide Ceará, Emilia Buarque.

Também no debate, o senador Cid defendeu que Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e Dnocs sejam transformados em órgãos nacionais, o primeiro com foco nos perímetros irrigados e o segundo, ampliado diante das ocorrências de secas para além do Nordeste.

"O Nordeste tem 27% da população brasileira e 14% do PIB. Isso quer dizer que o nordestino médio vive com metade da renda do brasileiro médio. O Nordeste tem que entrar de forma definitiva e central no planejamento nacional.