Inteligência Artificial avança na logística e se consolida em portos e Centros de Distribuição
A inteligência artificial (IA) está avançando com celeridade no setor logístico e já é utilizada como ferramenta cotidiana em portos, estradas e Centros de Distribuição. Empresas de diferentes segmentos recorrem à IA para prever demandas, ajustar estoques, otimizar rotas e reduzir o tempo de permanência de contêineres, por exemplo.
No Brasil, 87% dos gestores afirmam que pretendem manter ou ampliar investimentos em IA até meados de 2025, conforme levantamento da IBM. O país deve ultrapassar R$ 13 bilhões em aportes nessa área apenas neste ano, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES).
Para Raul Lamarca, especialista em inovação portuária, a questão central não é se a IA substituirá pessoas do setor, mas como os profissionais podem aprender a trabalhar com ela.
“A inteligência artificial está redesenhando o papel humano na logística. O desafio não é competir com a máquina, e sim aprender a pensar junto com ela. A inovação portuária e logística depende menos da tecnologia e mais da mentalidade das lideranças”, afirma.
O conceito de inteligência aumentada, defendido por Lamarca, propõe a cooperação entre pessoas e algoritmos. “Quando bem aplicada, a IA deixa de ser apenas uma ferramenta operacional e se torna um sistema cognitivo capaz de apoiar decisões complexas”. Isso vale tanto para a definição de rotas quanto para a gestão de crises e a sustentabilidade das operações.
Polo logístico
As discussões interessam estrategicamente ao Ceará, que desponta como um dos centros logísticos mais promissores da América Latina.
A inteligência artificial na logística está entre os temas a serem abordados em Fortaleza, nos dias 26 e 27 de novembro, na 20ª Expolog - Feira Internacional de Logística. A feira, a ser realizada no Centro de Eventos, projeta a geração de R$ 20 milhões em novos negócios.