Crédito a pequenas empresas do NE gerou impacto de 0,61% no PIB, aponta FGV
Pesquisa revela efeitos econômicos da concessão de crédito estruturado e apoio consultivo a pequenas e médias empresas da região
Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pedido do Itaú Empresas, identificou que o apoio financeiro e consultivo direcionado a pequenas e médias empresas (PMEs) do Nordeste gerou impacto direto de 0,61% no Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2024.
O levantamento, que considera informações da carteira de clientes do Itaú, também aponta que essa atuação contribuiu para a preservação de 1,58% dos empregos locais no mesmo período.
A análise da FGV foi baseada em dados de mais de 1,7 milhão de empresas com faturamento anual de até R$ 60 milhões, no período entre 2019 e 2024.
Em escala nacional, o efeito total gerado foi de R$ 97 bilhões em impacto no PIB, 1,2 milhão de empregos preservados e R$ 31 bilhões em arrecadação tributária.
Taxa de sobrevivência
Segundo o levantamento, empresas atendidas com soluções financeiras personalizadas e orientação mais direcionada apresentaram taxa de sobrevivência 30% maior após cinco anos. A inserção internacional também foi mais expressiva: essas empresas têm 70% mais chance de exportar e 50% mais chance de importar em relação às não atendidas.
"Como a análise compara negócios estruturalmente semelhantes, incluindo porte e setor, a probabilidade de maior sobrevivência está diretamente relacionada ao acesso a crédito, soluções personalizadas, orientação estratégica, planejamento e confiança para atravessar momentos de instabilidade", comenta Daniel da Mata, professor da FGV que liderou a pesquisa.