Quase duas décadas atrás, a visita de um francês ao Ceará marcava o início da transformação de um local paradisíaco do litoral leste.
"Meu pai, Jean-Michel Chaufour, veio para o Ceará em 2005, e se encantou com Pontal de Maceió, em Fortim, e sua população, tanto que decidiu morar aqui. Ele identificou que o município tinha tudo para entrar na rota turística do Estado, principalmente da costa leste, que antes se resumia apenas a Aquiraz e a Canoa Quebrada", relembra Celian Chaufour, diretor do Grupo JMC, uma rede de hotéis que elevou e profissionalizou o turismo na região.
O grupo já investiu mais de R$ 100 milhões em empreendimentos em Fortim que unem luxo à rusticidade, gerando 240 empregos atualmente e atuando na qualificação da mão de obra local. O primeiro projeto foi o Vila Selvagem, que recentemente completou 15 anos de operações. A rede inclui ainda o Jaguaribe Lodge e o Jaguaríndia Village.
"Quando cheguei, fiquei surpreso com a beleza, mas achava o acesso muito difícil e não acreditei no início que poderia dar certo. Mas ele, sim, porque, assim como ele, outros estrangeiros apreciavam as belezas naturais e locais remotos", conta.
"Foram anos de um trabalho árduo, o que fez com que Fortim fosse reconhecido como destino turístico de alto nível, com padrão internacional, no Brasil e no exterior", destaca.
Transformação
A antiga vila de pescadores se transformou em um polo turístico e a economia local se dinamizou com a abertura de lojas, pousadas, pequenos negócios e com as novas oportunidades de trabalho para os moradores. Esse foi o legado de Jean-Michel, falecido em 2022, para a região.
Recebendo em torno de 5 mil hóspedes por ano, a rede francesa agrega ainda outros negócios além dos hotéis, como um café e uma madeireira.
Nos planos, está ainda a construção de um novo empreendimento que deverá expandir a rede hoteleira nos próximos anos.