“VAR” para as profundas...

Leia a coluna do Tom Barros

Escrito por
Tom Barros jogada@svm.com.br
Legenda: Leia a coluna de Tom Barros.
Foto: Dziurek/Shutterstock

Ando inconformado com o que está acontecendo nas arbitragens brasileiras. São fatos tão absurdos que, às vezes, não acredito no que estou vendo. Os mais recentes erros foram tão gritantes que a CBF afastou os protagonistas das lambanças. Lamentavelmente, os afastamentos são inócuos. Não dão em nada.  

No jogo São Paulo 2 x 3 Palmeiras, o árbitro de campo foi Ramon Abatti Abel. O de vídeo, Ilbert Estevam da Silva. No jogo Bragantino 1 x 0 Grêmio, o árbitro de campo foi Lucas Casagrande. O de vídeo, Gilberto Rodrigues Castro Junior. Não sei quem errou mais. Brigar com as imagens deveria ser crime. Um desrespeito ao telespectador.  

As imagens são claras. O São Paulo foi terrivelmente prejudicado pela arbitragem. O Grêmio foi terrivelmente prejudicado pela arbitragem. Então eu pergunto: para que serve o VAR? Para que servem as imagens diante da incompetência dos árbitros. Repito: brigar com as imagens deveria ser crime.   

Logo, logo, os incompetentes estarão de volta. E vão cometer novos erros graves. Um simples afastamento não vai tornar competentes os incompetentes. Voltarão com seus disparates. E o “VAR” que vá para as profundas...   

Reclamações  

Não de hoje a arbitragem nacional, mesmo com o tal de VAR, vem registrando verdadeiros absurdos de interpretação. E quando os lances são de pênalti e impedimento, meu Deus... Não raro, o VAR veio mais para confundir do que para aclarar, não por culpa das imagens, mas pela incompetência dos intérpretes.  

Línguas diferentes  

Está provado que o árbitro de campo e o árbitro de vídeo, na maioria das vezes, não falam a mesma língua. Um atrapalha o outro. Resultado: a confusão só aumenta. A dúvida é ampliada. E, no lugar da decisão acertada, os disparates assumem proporções alarmantes.  

Outros esportes  

O uso de imagens de vídeo é perfeito em todos os outros esportes. No vôlei, no basquete, na Fórmula 1, no atletismo, enfim, em todas as modalidades. Somente no futebol gera polêmicas e confusões. Com um detalhe: mais no Brasil do que no exterior. Pelo visto, o despreparo é mesmo da arbitragem brasileira.  

Saudosista  

Sou de um tempo em que o árbitro e seus auxiliares não tinham imagens de vídeo à disposição. Tinham, em fração de segundos, que tomar decisões importantes em lances capitais. Sinceramente, erravam menos do que os árbitros de hoje que têm todo um aparato de imagens para tirar dúvidas.  

Homenagens  

Aos que nas décadas passadas apitaram sem VAR: Raimundo da Cunha Rola (Rolinha), José Tosta, Alzir Brilhante, Valdizar Reis, Gilberto Ferreira, Leandro de Castro Serpa, Louralber Monteiro, Dacildo Mourão, Joaquim Gregório e Luiz Vieira Vilanova, dentre outros. Pena não haver espaço na coluna para colocar os nomes de todos eles...   

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